A XP Investimentos divulgou na última segunda-feira (12) o relatório ESG: top 5 tendências para 2023 . O estudo aponta os temas ESG que entrarão em destaque no ano que vem e orienta investidores e empresas.
No relatório, a XP também lista dez ações brasileiras indicadas pela Carteira ESG XP, com companhias que seguem os princípios ESG em sua gestão e atuação. Veja os temas ESG para 2023, segundo a empresa.
Principais temas ESG em 2023
Descarbonização
Segundo a XP Investimentos, a descarbonização – redução de emissão de carbono na atmosfera – continuará como pauta prioritária entre empresas, investidores, formuladores de políticas e demais interessados. Isso porque as estratégias de fundos de investimentos alinhadas aos princípios ESG (ambiental, social e governança), a pressão regulatória e o nível de emissão de carbono levam os investidores a escolherem com cuidado em quais empresas investir. Transparência e planos bem executados para reduzir a pegada de carbono também fazem parte da lista de condições para que as empresas recebam investimentos.
Mercado de carbono
Ainda no tema de emissão de carbono, a XP Investimentos prevê o crescimento do mercado de crédito de carbono em 2023 e enxerga o sistema como uma importante solução alternativa em relação às mudanças climáticas. Neste ano, o governo federal criou um decreto que regulamenta o mercado de carbono no país – o que a XP considera como um passo importante para o papel do Brasil nesse mercado.
Diversidade e inclusão
Iniciativas de empresas para estimular inclusão e diversidade em seus espaços seguem como tendência no ano que vem. No relatório, a XP aponta que, de 2021 a 2022, a maioria das empresas que não tinha mulheres no Conselho passou a ter pelo menos uma representante feminina no órgão. Ainda assim, destaca que o crescimento da representatividade de mulheres é lento: apenas 5,9% nos últimos cinco anos. Para a XP Investimentos, o Brasil tem espaço para um crescimento significativo nessa agenda.
Transparência
Com o crescimento de investimentos e ações ESG, se torna necessário a divulgação de dados e relatórios de empresas para a avaliar desempenho e transparência.
Em seu estudo, a XP aponta uma pesquisa, publicada pela empresa especializada em consultoria e assessoria financeira Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibris), que revela que 87% das empresas listadas na B3, operadora da bolsa de valores do Brasil, aumentaram sua preocupação sobre os critérios ESG.
No Brasil, as empresas não são obrigadas a divulgar relatórios ESG, mas a XP Investimentos ressalta que é uma evolução crucial, uma vez que será fundamental para investidores avaliarem o compromisso da empresa.
Estratégia de engajamento
A XP Investimentos relata que os investidores preferem uma estratégia de engajamento corporativo para impulsionar a agenda ESG e levar a mudanças positivas da empresa do que uma estratégia de filtro negativo – excluir investimentos em setores, empresas e projetos que não respeitam certos critérios ESG. Por isso, espera-se que no ano que vem as gestoras incorporem esses tipos de estratégias para o gerenciamento do portfólio de investimentos.
Leia o relatório ESG: top 5 tendências para 2023.
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