É comum ter uma sociedade para a construção de uma empresa e, na maioria das vezes, ela surge com uma pessoa mais próxima: amigos, parentes ou cônjuges. Lucas Melo, cofundador do MeSeems, acredita que esse tipo de sociedade exige uma dedicação maior e é uma situação mais delicada.
Em alguns casos, ter uma proximidade com o sócio facilita resolver fatores da empresa devido à afinidade. A fim de que conflitos não ocorram, contudo, o ideal é que saibam separar o pessoal do profissional e que regras sejam impostas desde o início.
Esclarecer dúvidas, expor opiniões e ter liberdade um com o outro são fatores primordiais para que os sócios busquem um entendimento comum. “No início, devido à empolgação, alguns não dão importância para esses fatores ou acreditam que tratar de situações delicadas neste momento pode colocar o negócio a perder”, explica LFP de Freitas, administrador de empresas. Por isso, não tenha receio em dizer nada com o sócio. Isso porque a falta de diálogo poderá colocar a empresa em risco no futuro.
Como lidar com a desistência
Geralmente, há uma regra entre os sócios no início, como ter totalidade nas ações somente após a empresa se estruturar. Havendo essa regra, é mais difícil alguém desistir quando o primeiro problema aparecer.
Se não houver nenhum acordo desse tipo, torna-se preciso avaliar algumas questões durante o tempo em que o sócio esteve na empresa. “Um sócio retirante tem direito a receber sua parte com base na sua participação e no valor de comércio apurado”, esclarece Freitas.
Estabeleça uma divisão justa
Não há uma regra sobre a divisão de bens da empresa entre os sócios. Esse acordo deve ser feito no início, para que depois não haja problemas sobre o que cada um lucrará. Uma divisão justa é aquela feita de acordo com o que cada um entrou na construção do negócio . Isso não significa que deva ser igual entre eles (50% para cada um).
“Apure o valor da empresa, não apenas considerando os investimentos realizados, mas a expectativa de geração futura de caixa”, aconselha o administrador.