Após o dólar comercial bater R$ 4,11 na última sexta-feira (17) e fechar na maior alta desde setembro do ano passado, o Banco Central (BC) decidiu intervir no câmbio para tentar conter o aumento da moeda americana.
Entre esta segunda-feira (20) e a próxima quarta-feira (22), a instituição financeira está realizando os chamados leilões de linha - operação em que se vende o dólar com o compromisso de recompra no futuro - podendo chegar a US$ 3,75 bilhões no total.
Com a i ntervenção do Banco Central
, o dólar começa a demonstrar sinais de recuo nesta segunda-feira (20). A moeda americana opera com queda de 0,3%, mas ainda segue pressionada, valendo R$ 4,086.
Além do leilão do BC, contribui para a leve queda a retomada das discussões da reforma da Previdência
. Embora o mercado aguarde ansioso pelas novas regras de aposentadoria, em contrapartida, os analistas apresentam desânimo em relação ao crescimento da economia deste ano, que está projetado em números cada vez menores
.
Intervenção para conter dólar já era esperada
Na sexta-feira (17), o banco americano Citi já previa a intervenção do BC. Na data, a instituição afirmou que o real já desvalorizou "11% em apenas 104 dias". Com desempenho 7% abaixo de outras emergentes. Logo, podemos estar perto da zona de intervenção. Embora esses números não devam ser levados muito ao pé da letra, dado o novo comando do BC, o risco de intervenção aumentou", disse o banco em nota.