O salário mínimo ideal em fevereiro deveria ser de R$ 3.682,67, de acordo com cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é 3,86 vezes o piso salarial de R$ 954 e leva em consideração a capital com a cesta básica mais cara e necessidades como moradia, saúde, educação vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
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O levantamento considera os direitos previstos na Constituição, que estabelece que o salário deve suprir despesas do trabalhador nestas categorias. Segundo o Dieese, em janeiro, o valor ideal do salário mínimo seria R$ 3.658,72, valor equivalente a 3,90 vezes o piso que, até então, estava em R$ 937.
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Em relação à pesquisa de preços da cesta básica, 13 das 20 capitais analisadas pelo Dieese apresentaram redução nos preços. Nas demais localidades, houve aumento. O resultado indica uma situação mais vantajosa para o bolso dos consumidores, já que em janeiro, os preços subiram em todas as capitais pesquisadas.
Em fevereiro, a maior queda de preços ocorreu em João Pessoa (-3,96%). Em seguida, estão Natal (-3,20%) e Campo Grande (-2,98%). Entre as capitais em que a cesta ficou mais cara, os destaques foram Belém (3,37%) e Fortaleza (2,03%).
Depois de registrar o segundo maior valor da cesta, a cidade do Rio de Janeiro ocupou a primeira posição ao registrar média de R$ 438,36. Na sequência, entre as capitais com a cesta mais cara, estão São Paulo (R$ 437,33), Porto Alegre (R$ 434,50) e Florianópolis (R$ 425,05).
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Ao mesmo tempo, as cestas mais em conta foram encontradas em Salvador (R$ 336,59) e Aracaju (R$ 341,59). No acumulado dos últimos doze meses, houve queda de preços em 13 cidades, sendo Manaus (-4,90%), Goiânia (-4,25%) e Belém (-4,10%) com as reduções mais expressivas. As principais altas ocorreram em Recife (3,49%) e Rio de Janeiro (3,25%).
Tempo necessário para comprar a cesta básica
Segundo o Dieese, com salário mínimo atual, o tempo médio necessário para comprar os produtos da cesta básica foi de 88 horas e 38 minutos. O tempo caiu na comparação com janeiro, quando foi necessário trabalhar por 89 horas e 29 minutos para adquirir a cesta com o mínimo em R$ 937.
* Com informações da Agência Brasil.