Juros para quem paga o mínimo do cartão de crédito sobem e chegam a 233% ao ano

Números do Banco Central indicam que taxa subiu 15,5 pontos percentuais em relação ao mês de novembro; taxa do crédito parcelado também cresceu

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Apesar da alta, juros totais do cartão de crédito tiveram queda de 163,1 pontos percentuais na comparação com 2016

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O crédito rotativo total – regular e não regular – terminou dezembro com taxa de 334,6% ao ano. O resultado indica queda de 163,1 pontos percentuais na comparação com dezembro de 2016, quando a taxa anual era de 497,7%. A redução nos juros do  cartão de crédito  foi registrada após o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecer, em janeiro de 2017, uma nova regra para instituições financeiras.

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A norma obriga as empresas a manterem por somente 30 dias no rotativo os consumidores que não conseguem pagar o valor integral da fatura. Depois desse período, eles devem ser transferidos para o crédito parcelado, que tem taxas de juros menores. Apesar disso, essa modalidade registrou alta em dezembro.

A taxa do crédito parcelado passou para 169,2% ao ano no período após alta de 0,7 ponto percentual. Em dezembro de 2016, a taxa era de 153,8% ao ano. Já a taxa de juros não regular do rotativo, voltada para quem não fez o pagamento, chegou a 401,4% ao ano em dezembro, com queda de 12,1 pontos percentuais em relação a novembro e de 118,3 pontos percentuais na comparação com dezembro de 2016, quando estava em 519,7% ao ano.

Taxa mensal

Em relação à taxa mensal, houve alta de 0,5 ponto percentual, passando para 10,6% ao mês. Na análisa do chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado foi influenciado pela entrada de duas ou três financeiras que oferecem o serviço a preços mais altos.

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"O que se observou é que teve novos participantes entrando no cartão de crédito rotativo, algumas financeiras que trabalham com taxas de juros mais elevadas que bancos. Os bancos permaneceram estáveis", afirma. A taxa de juros do cheque especial teve queda de 0,7 ponto percentual em dezembro, fechando o ano em 323% ao ano. No mesmo período do ano anterior, a taxa era de 328,6% ao ano.

* Com informações da Agência Brasil.