Gás de cozinha ficará mais barato nesta sexta após seis reajustes consecutivos

Petrobras anunciou política para suavizar repasses devido a preços voláteis; segundo a empresa, botijão de gás sem impostos será vendido a R$ 23,16

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Preço do gás de cozinha às distribuidoras foi elevado em sete oportunidades desde junho de 2017

Depois de apresentar seguidas altas nos últimos meses, o preço do gás de cozinha finalmente terá uma redução. A Petrobras anunciou que, a partir de sexta-feira (19), o gás de uso residencial para as distribuidoras ficará 5% mais barato. A redução vale para o botijão de gás de até 13 quilos. Segundo a empresa, a queda permitirá que o preço sem tributos do gás de cozinha comercializado nas refinarias seja de R$ 23,16.

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Desde junho de 2017, o preço do gás de cozinha foi elevado em sete oportunidades. A mais recente, realizada em 5 de dezembro, aumentou os preços para as distribuidoras em 8,9%. Antes, a elevação havia sido de 4,5%, em 5 de novembro, e de 12,9%, em 11 de outubro. A redução anunciada para o início de 2018 faz parte de uma revisão na política da estatal com o objetivo de suavizar os repasses por conta dos preços voláteis.

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Assim como nos reajustes do preço da gasolina e do diesel, a empresa usa os preços do mercado internacional para o preço doméstico. Com a revisão da política, as mudanças de preços deixarão de ser mensais e passarão a ser trimestrais. Além disso, os reajustes deverão levar considerar a média dos doze meses anteriores e não mais a variação mensal. Este ponto, porém, será aplicado somente a partir do último trimestre de 2018.

A previsão é que os o próximos reajustes no preço do gás de cozinha sejam realizados em 5 de abril com base em seis meses anteriores e em 5 de julho com base nos nove meses anteriores. Depois disso, as atualizações deverão ser realizadas no início de cada trimestre segundo as médias de preços 12 meses anteriores. As novas regras incluem mudanças em elevações ou reduções muito significativas dos preços.

As variações superiores a 10% deverão ser autorizadas por um conselho da estatal. Nesse caso, a data para a mudança nos preços poderá ser alterada. Em algumas situações, o grupo poderá decidir não aplicar totalidade o índice de referência para os reajustes. A mudança também prevê um mecanismo para comparar preços praticados na nova política e os que seriam praticados segundo a política anterior. As diferenças serão compensadas no ano seguinte.

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Em comunicado, a Petrobras afirmou que os novos critérios deverão manter o preço de gás de cozinha "referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto". As mudanças da Petrobras não garantem reflexo para o consumidor final. Isso dependerá dos repasses realizados por distribuidores e revendedores.