O saldo de postos de trabalho formais no Brasil voltou a ficar negativo em novembro, com redução de 12.292 vagas de emprego, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho . O levantamento já considera as novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista , que passou a vigorar no início do mês.
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O resultado do penúltimo mês do ano aponta 1.111.798 contratações contra 1.124.090 demissões. Na comparação com outubro, o saldo da criação de vagas de emprego registrou queda de 0,03%. No acumulado entre janeiro e novembro, o saldo é de 299.635 novos empregos. Nos últimos doze meses, no entanto, o saldo é negativo, com redução de 178.528 postos de trabalho.
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A diferença é causada, principalmente, pela mau desempenho de dezembro de 2016, quando foram fechadas 462.366 vagas. De acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o mês de novembro costuma gerar saldo negativo do emprego. Ele afirmou, no entanto, que o resultado não indica interrupção da retomada do crescimento. "Nos 11 meses do ano, oito foram positivos [com geração de emprego]", argumentou.
O setor de comércio registrou saldo positivo em novembro, com a criação de mais de 68 mil vagas. De acordo com o Ministério do Trabalho, as festas de fim de ano aqueceram as vendas e foram responsáveis pelo resultado. A indústria de transformação teve saldo negativo de 29.006 vagas. A construção civil fechou 22.826 vagas e a agropecuária tem 21.761 vagas a menos. O setor de serviços, por sua vez, perdeu 2.972 vagas.
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Em novembro, o salário médio de contratação no Brasil ficou em R$ 1.470. Enquanto isso, o salário de demissão foi de R$ 1.675. Na comparação com outubro, houve aumento de 0,39% no salário de contratação e de 0,02%, no de demissão. Segundo projeções do Ministério da Economia, o crescimento da economia deve contribuir com a abertura de 1.781.930 vagas de emprego formais em 2018.
* Com informações da Agência Brasil.