Mercado reduz projeção de inflação pela quarta vez seguida, diz Banco Central
Instituições financeiras consultadas pelo boletim Focus esperam que o IPCA termine 2017 em 2,83%; para economistas, índice terminará 2018 em 4%
Por Brasil Econômico | * |
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá terminar o ano em 2,83%, segundo estimativas do mercado divulgadas nesta segunda-feira (18) pelo boletim Focus, relatório do Banco Central. A projeção representa a quarta queda seguida do resultado prevista por instituições financeiras. Antes, o índice esperado ao final de 2017 era de 2,88%.
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A nova estimativa da inflação é ainda mais distante do centro da meta, de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando o resultado fica fora desses patamares, o BC deve elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, justificando o descumprimento da meta.
Caso a estimativa do mercado financeiro se confirme, esta será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. Por outro lado, nos anos de 2001, 2002,2003 e 2015, o valor extrapolou o teto.
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Até novembro, o IPCA acumula 2,5%. Este é o menor resultado para o período desde 1998, quando a marca da inflação chegou a 1,32%. Em janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve informar o resultado do IPCA definitivo para este ano. Para 2018, a projeção do mercado financeiro para a inflação também obteve queda, uma vez que caiu de 4,02% para 4%.
Selic e PIB
A Selic , a taxa básica de juros, está atualmente em 7% ao ano, em seu menor nível da história. O índice é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação e foi reduzido pela décima vez seguida após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Em reunião no início de novembro, o conselho decidiu pela redução de 0,5 ponto percentual.
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As instituições financeiras que a Selic será ainda mais reduzida em fevereiro. Segundo a ata da reunião, o novo corte faria a taxa de juros chegar à marca de 6,75% ao ano. Embora esses sejam os planos, o mercado financeiro mantém a expectativa de 7% ao ano para a Selic ao ano para o final de 2018.
Enquanto a projeção de inflação caiu, a expectativa com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, passou de 0,91% para 0,96%, em 2017, e de 2,62% para 2,64%, em 2018.
* Com informações da Agência Brasil.