O preço do arroz deve apresentar queda em breve, pelo menos, foi o que afirmou o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (10). Segundo ele, a princípio, o Brasil importou milhares de toneladas do produto. Em um segundo momento, disse Bolsonaro, o arroz terá uma queda nos preços na esteira da entrada do que ele chama de "supersafra" do grão.
"Na questão da inflação, cesta básica, eu conversei com a ministra Tereza Cristina Agricultura esta semana e ela disse que está chegando no Brasil não sei quantas mil toneladas de arroz, tivemos que importar e vai dar uma diminuída nos preços do arroz. Vem uma supersafra agora no final do ano, começo do ano que vem Como a gente sabe disso? Pelo volume de crédito do Banco do Brasil", disse Bolsonaro durante uma live pelas redes sociais ao lado de uma apoiadora em Guarujá (SP).
"Por que aumentou o preço ? Tudo que tem uma procura muito grande e o mercado não tem para oferecer, acaba aumentando o preço. O emergencial de R$ 600,00 estimulou um pouco o consumo", argumentou Bolsonaro.
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Na opinião do presidente, o fato das pessoas terem ficado em casa - por causa do distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus - contribuiu para o aumento do consumo, "porque a tendência de quem fica em casa é visitar mais a geladeira". De acordo com ele, muita gente passou a fazer estoque em casa e isso fez o preço do arroz subir ainda mais.
"Isso aí empurra o preço para cima . Hoje mesmo falei com o Paulo Guedes ministro da Economia, hoje mesmo conversei com o Roberto Campos presidente do Banco Central", disse Bolsonaro.
"No caso da inflação; pessoal, eu sei que é duro! O cara diz, ah, o cara é presidente, tá ganhando bem , tá até barrigudo, é fácil falar 'paciência'. Mas não tem outra alternativa, pô! Vamos ter que enfrentar isso aí ."
Segundo o presidente, o pessoal do campo está feliz porque a China está comprando bastante e o preço está subindo no mundo todo. "Aí tem gente que reclama que o preço está subindo aqui e eu falo: malandro, vai plantar arroz também, vai plantar feijão! Agora que tem uma chance do pessoal do campo ganhar bem mais que ganharam nos últimos anos... vivemos numa democracia. Eles vendem pra quem quiser", disse.
Ainda de acordo com Bolsonaro, na semana que vem, ele vai ter uma conversa com a ministra Tereza Cristina sobre a soja no Brasil, mas salientou que não vai interferir em nada . "Nós não vamos interferir em nada, dar carteirada, exigir, tabelar nada. isso não existe. Já com a Tereza Cristina, ela está promovendo um grande encontro com os grandes produtores de soja do Brasil para ver como é que fica esta questão para atender o mercado interno", finalizou Bolsonaro.