Relembre empresas com mais queixas nas últimas edições da Black Friday
Em 2017, propaganda enganosa e problemas com a finalização da compra lideraram as reclamações; aumentaram as irregularidades em lojas físicas
Por Brasil Econômico |
O Reclame Aqui preparou uma lista com as empresas que tiveram mais reclamações nas últimas edições da Black Friday , mostrando ainda as principais queixas dos consumidores nos últimos três anos.
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As principais queixas dos últimos anos têm sido em relação às ofertas da Black Friday, como maquiagem de preços e divergência de valores, segundo levantamento do site Reclame Aqui . A data de promoções acontece nesta sexta-feira (23).
A Black Friday acontece anualmente no Brasil desde 2010, e, nos primeiros anos, as principais reclamações se davam especialmente quanto aos problemas técnicos , como filas nas lojas virtuais, sites que caíam e produtos que sumiam do carrinho no momento de finalizar a compra. Nos últimos três anos, no entanto, o cenário é diferente.
Preocupadas com os problemas técnicos, as empresas passaram a investir mais para fortalecer os sistemas. No entanto, novos problemas surgiram. As reclamações dos consumidores passaram a ser, em grande parte, em relação às ofertas.
A propaganda enganosa lidera as reclamações das três últimas edições no Brasil e inclui as "maquiagens de preço", que trouxeram o apelido de Black Fraude ao dia de promoções. A prática consiste em aumentar os preços antes da data do evento para depois baixá-los, mostrando um desconto maior, que na verdade não é tão grande – ou nem existe.
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Reclame Aqui lista empresas com mais queixas entre 2015 e 2017
Segundo o Reclame Aqui, o número de reclamações aumentou 20,6% em 2017, após quedas nas edições de 2015 e 2016 – decorrentes da diminuição das vendas. O balanço final acompanhou, nos últimos três anos, as reclamações desde as 18h de quinta até a meia-noite da sexta-feira.
2015
Você viu?
2016
2017
As principais queixas na última edição da Black Friday foram, segundo o Reclame Aqui:
- Propaganda enganosa: 13,5%
- Problemas com finalização da compra: 9,6%
- Divergência de valores: 8,8%
- Produto indisponível: 3,8%
Durante a data, também foram notadas reclamações sobre o tempo de entrega , sites falsos e fretes abusivos, em alguns casos mais caros do que a própria compra.
Produtos que receberam mais reclamações em 2017, segundo o Reclame Aqui:
- Smartphones: 8,9%
- TV: 4%
- Perfume: 1,7%
- Tênis: 1,5%
- Notebooks: 1,3%
De acordo com pesquisa realizada pelo Reclame Aqui na semana passada, 69,7% dos consumidores perceberam que as empresas anteciparam ofertas da Black Friday , e 29,3% deles disseram que flagraram aumento no valor em alguns produtos. Ao todo, 7,9 mil responderam.
Embora os levantamentos mostrem sites encabeçando as listas de reclamações, as irregularidades em lojas físicas também aumentaram. Segundo estudo divulgado pelo Procon-SP , as irregularidades constatadas pela fiscalização em lojas físicas subiram, passando de 15,5% para 78,26%.
A Fundação Procon-SP monitora preços dos produtos mais procurados em lojas físicas e virtuais 60 dias antes do evento e o desconto deve ser dado sobre o menor preço dos últimos 60 dias, segundo a entidade. Consumidores podem utilizar a #proconspnablackfriday e os perfis oficiais da Fundação Procon nas redes sociais para fazer reclamações ou denúncias.
A Black Friday acontece nesta sexta-feira (23) e, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), são esperados cerca de 8,8 milhões de pedidos nas lojas virtuais brasileiras, com estimativa de um gasto médio de R$ 326. Segundo o Reclame Aqui , cabe ao consumidor, tanto nas lojas físicas quanto nos sites, procurar entender as promoções, pesquisar e ter consciência ao comprar.