No próximo final de semana, você tem um aniversário para ir e "nenhuma roupa" no armário, "nenhum tempo" na agenda e "nenhuma ideia" de como vai se vestir na festa. Você só sabe que quer estar bonita sem ter que gastar muito dinheiro, tempo e paciência no processo. Então você pensa em falar com aquela sua melhor amiga super conectada, que entende tudo de moda e que sempre posta fotos lindas no Instagram. Bem, se depender da marca de roupa líder do segmento direct-to-consumer no Brasil, sua melhor amiga pode ser a própria AMARO .

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Pelas mãos de seu fundador, o suíço radicado no Brasil Dominique Oliver, a AMARO  surgiu em 2012 como um negócio 100% digital. Mas não foi fácil. Com um sotaque europeu, mas um português impecável, ele conta que ouviu muitos conselhos desestimulantes: 'e-commerce não funciona no Brasil', 'brasileiro não tem cartão de crédito', 'as pessoas não confiam em compras pela internet'; mas, ainda assim, perseverou, continuou acreditando na tese de que "o futuro do varejo é o fim do atacado" e apostou tudo numa marca de roupa que se conecta diretamente com os consumidores, cortando intermediários e barateando processos.

A julgar pelos resultados apresentados até agora, dá pra dizer que a aposta deu certo. Líder do segmento digital de marcas de roupas no Brasil, a AMARO já emprega 330 funcionários e simplesmente dobrou de faturamento entre 2016 e 2017. Mas o horizonte é ainda mais estimulante que o histórico. Segundo explica Dominique, "apenas 4,5% das operações de varejo são feitas online hoje no Brasil, mas o crescimento do setor tem sido de 12% a 18% ao ano", ou seja, o futuro tem tudo para ser ainda mais generoso com a empresa.

Mas engana-se quem pensa que a AMARO fica de braços cruzados esperando os bons ventos soprarem. Pelo contrário. A marca pode ter crescido, mas mantém no seu DNA, a proposta de ser pioneira como foi desde a fundação e por isso está apostando em novas estratégias no digital e no físico para ampliar operações, faturamento, participação no mercado e, sobretudo, sua influência, afinal, segundo o próprio CEO, "o mundo não precisa de mais uma marca de moda ou de mais um e-commerce. Por isso, a AMARO quer ser diferente."

AMARO quer ter produto de qualidade e preço baixo cortando intermediários

Dominique Oliver explica que após trabalhar alguns anos num banco de investimento nos Estados Unidos decidiu que queria começar um negócio próprio e começou a pesquisar sobre os BRICS (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), até decidir que o Brasil era opção mais interessante em termos de cultura, idioma e "de amigos".

Aqui, passou entre seis e nove meses formulando o plano de negócios, pesquisando o mercado, toda a cadeia de produção de moda para varejo e suas particularidades e, seguindo a cartilha do empreendedorismo, pensou: "qual o problema que o meu negócio quer resolver?"

Assim, reunindo a praticidade das compras online com o corte de intermediários da cadeia de produção de moda para varejo, a AMARO nasceu praticamente fundando o segmento de direct-to-consumer que hoje se mostra um sucesso.

Dessa forma, conta Dominique, "a AMARO  lança mais de 10.000 novos produtos por ano, conectando as mulheres com o que há de mais novo em tendências de moda com preço mais baixo e sem perder a qualidade por não ter intermediários e fazer a maior parte do processo dentro de casa", resume.

O fato de manter boa parte das operações dentro da própria empresa, por sua vez, é um dos trunfos da marca. A AMARO se orgulha de dizer que 100% do design desse grande número de produtos é feito internamente o que garante a sensação de autenticidade da marca e o crivo de qualidade das peças produzidas por uma fábrica da empresa na zona oeste de São Paulo.

Preocupada com o novo conceito de moda consciente, porém, mesmo para as pequenas partes da operação que não são feitas internamente, a AMARO mantém uma equipe que é responsável por fiscalizar os fornecedores e garantir que a marca só trabalha com aqueles certificados e que seguem as melhores práticas. Além de utilizar embalagens recicláveis, reaproveitar todos os retalhos de tecido para fazer novas peças de roupa que serão vendidas ou mesmo doadas para instituições de caridade.

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Para tanto, é fato que a operação acaba ficando maior, mas, para combater gastos desnecessários a marca conta com mais um trunfo: a tecnologia.

Além de ser a primeira entre as marcas de roupas que usa um processo de modelagem 3D que reduz o número de protótipos necessários e, portanto, evita o desperdício, a AMARO, nativa digital que é, tem toda sua cadeia de produção sustentada em dados coletados através do grande índice de feedbacks enviados pelos consumidores que respondem aos questionários enviados por email ou pelo aplicativo após cada compra ou mesmo através da mensuração do comportamento de navegação dos clientes.

Dessa forma, a empresa consegue saber quais são os filtros, faixas de preço, cores e categorias mais buscadas por suas clientes, orientando melhor suas campanhas de comunicação e também sua produção, evitando que produtos com baixo interesse sejam produzidos em larga escala, encalhem no estoque e tenham que ser descartados, gerando desperdício e impacto ambiental.

AMARO investe em comunicação digital para se aproximar de clientes

No entanto, mesmo diante de tantos dados, o próprio CEO tem dificuldade em dizer qual o público-alvo da marca. A dificuldade, porém, tem uma explicação muito válida: "a AMARO não nasceu como uma loja física em um bairro. Atuamos em nível nacional desde o primeiro dia e, portanto, falamos com públicos muito distintos. A maior parte das nossas clientes, no entanto, tem entre 25 e 40 anos."

De maneira resumida, Dominique nos diz que a AMARO dialoga com "mulheres que gostam de moda, são conectadas, digitais, práticas e valorizam seu próprio tempo", mas talvez só dialogar não seja suficiente para a AMARO. Tanto que, aos ser perguntado quais são os planos da AMARO para o futuro, ele não exita em dizer:

"Nós queremos ser a marca de moda mais amada do País. Queremos criar uma conexão emocional das nossas clientes com a marca e com tudo que fazemos no mundo físico e digital. O novo varejo deve ser algo prático, que permita você se expressar, viver a moda, aconselhar. Queremos que a AMARO seja uma melhor amiga das clientes", resumiu.

Para atingir esse objetivo, a marca tem investido em comunicação digital. Além de ter sido a primeira marca de moda a testar o novo recurso de compras do Instagram no Brasil, a AMARO  conta com uma rede de influenciadoras de várias idades, cidades, posicionamentos que vão além da moda e fazem uma comunicação de lifestyle para otimizar a venda de produtos.

Segundo Dominique, diferente de outras marcas de roupa, a AMARO não faz apenas duas ou quatro grandes campanha de comunicação no ano de acordo com as coleções e estações do ano. "É uma maneira muito mais moderna de se comunicar com nossas consumidoras", defende.

AMARO aposta em conceito de moda como serviço

Por último e mais importante, a AMARO tenta se diferenciar de suas concorrentes de uma maneira inovadora. Através da visão de seu CEO, a marca enxerga e aposta no conceito de "fashion as service" que basicamente quer mudar a relação de consumo que as pessoas têm com vestuário e acessórios para uma relação de prestação de serviço, facilidade, praticidade, bom atendimento.

Para chegar lá, além de ter lançado aplicativos para IOS e Android que já correspondem a 56% das compras, a AMARO também se compromete a fazer entregas de forma muito rápida (até 2,5 horas em São Paulo) e está expandindo cada vez mais seus Guide Shops , espaços físicos onde as consumidoras encontram uma peça de cada produto de cada cor e tamanho e podem conversar com alguém sobre moda, testar combinações, experimentar os produtos, além de realizar trocas de produto, utilizar como pontos de entrega e devolução e realizar as compras com entrega em casa.

"Nós percebemos que ainda existe a demanda por parte dos consumidores para tocar, experimentar, sentir os produtos", explica Dominique, "por isso desde 2015 começamos a inaugurar esses espaços de branding que oferecem experiências de moda para essas mulheres".

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Em três anos, já são 14  Guide Shops espalhados pelas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, três deles inaugurados neste trimestre e outros dois projetados para serem inaugurados antes do fim do ano, o que mostra como a  AMARO  está investindo na expansão pelo País para consolidar-se na liderança do segmento e expandir cada vez mais sua presença e participação no mercado de moda brasileiro.

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