O mês de agosto é considerado o período de seca mais intensa do inverno no Brasil. Problemas como falta de chuva, baixa umidade e fumaça no ar, por conta do aumento das queimadas, são comuns em todas as regiões do País. A inalação da fumaça pode acarretar problemas respiratórios em parte da população nos próximos dias.
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Na quarta-feira (23), a cidade de Rio Branco amanheceu encoberta pela fumaça. De acordo com o major Falcão, do Corpo de Bombeiros da região, o acúmulo de fumaça ocorre de forma mais acentuada pela combinação de queimadas e falta de vento. A situação irá piorar por conta do período de estiagem que deve ser maior, segundo a Climatempo.
Em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, o nível de queimadas em área de vegetação aumentou em 27%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entre janeiro e agosto deste ano, o órgão já contabilizou 2.113 focos. No ano passado, foram registrados 1.450 casos entre janeiro e dezembro.
Somente entre o início de julho e o dia 23 de agosto, o Estado teve 1.630 focos registrados. O número é explicado pelas geadas, que fazem a vegetação ficar mais seca e facilitam o início de focos de incêndio. O número é bem maior do que a região costuma apresentar no restante do ano. Para se ter uma ideia, de janeiro a maio, os índice de focos ficou abaixo de 100 registros. Em junho, o índice passou para 261 focos. O aumento mais chamativo aconteceu em julho, com 865 casos. A parcial de agosto, contabilizada até terça-feira (23), registrou 765 focos.
Fumaça das queimadas
Um levantamento do Sistema de Monitoramento de Queimadas por Satélite do INPE apontou que os focos de queimadas continuam se espalhando pelo País, apresentando alta de 24% em relação a 2015. Entre 1º de janeiro e 23 de agosto deste ano, o Brasil registrou 73.947 focos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 59.305 casos. O maior número de casos de fogo neste período ocorreu em 2010 com 90.826 focos de queimada. O Estado do Mato Grosso foi o que registrou o maior número de queimadas em 2016. Até o momento, foram 15.074 focos contra os 10.399 registrados no ano passado.
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No Acre, foram registrados 1.786 focos entre 1º de janeiro e o dia 23 de agosto. Em 2015, eram 1.032 casos no mesmo período. O que mais chama a atenção é o aumento no mês de agosto, com 1.128 focos contabilizados. Como destaca a Climatempo, o número é muito grande e expressivo para apenas um mês. O órgão também lembra que, além de causar grande desconforto para parte da população, as queimadas acabam prejudicando a visibilidade em aeroportos e estradas.