O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) realizou a Operação Jumapari em conjunto com a Polícia Militar do Amazonas e o Corpo de Bombeiros Militar. Focada no Sul e Sudeste do Estado, a ação resultou em mais de um milhão em multas para infratores que praticaram queimadas e desmatamento.
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Os principais alvos da operação contra queimadas foram as fazendas e madeireiras em atuação nas áreas próximas às rodovias BR-319, BR 230 (Transamazônica), AM-174. A ação aconteceu entre os dias 8 e 19 de agosto, em Apuí, Humaitá, Novo Aripuanã, Manicoré, Careiro, Borba, Tapauá, Canutama, Lábrea e Boca do Acre. Os municípios têm grande concentração de crimes ambientais no Estado.
O procedimento chegou ao fim com a lavratura de nove Autos de Infração, relacionados ao desmatamento e à queima de resíduos de serraria a céu aberto sem autorização, resultando no valor de R$ 1.174.000,00 em multas. A operação também totalizou seis termos de Embargo/Interdição, relacionados às áreas desmatadas sem autorização do órgão ambiental competente.
Redução de queimadas
Os índices de queimadas no Estado reduziram 46,9% entre os dias 8 e 15 de agosto. Em comparação ao mesmo período do ano passado. Nesse período, foram registrados 478 focos de calor, em 42 das 62 cidades do Amazonas. Em 2015, foram registrados 901 casos nesse intervalo. Os dados foram obtidos no boletim sobre focos de calor divulgado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
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As cidades que registraram mais casos foram Lábrea e Apuí, com 91 focos de calor cada. Em contrapartida, nove municípios apresentaram apenas um caso de foco de calor. Entre eles, estão Rio Preto da Eva, Eirunepé e Barcelos. Para o titular da Sema, Antonio Stroski, a queda reflete as ações realizadas desde janeiro contra queimadas . "O trabalho é constante e está apresentando resultado. O Grupo de Trabalho de Queimadas com Sema, Ipaam, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outros parceiros não está medindo esforços, mesmo com limitações, para trabalhar na prevenção e combate aos focos de calor para que o Estado não volte a ser impactado com queimadas", destacou.