A Avianca Brasil opera normalmente, nesta sexta-feira (12), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, depois de conseguir realizar o pagamento das taxas aeroportuárias do local.
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Os voos da companhia aére estavam correndo risco de serem cancelados a partir do próximo sábado (13), devido ao atraso no pagamento das tarifas. Na quinta-feira (11) a GRU Airport, que administra o aeroporto, disse que só permitiria a circulação de aeronaves da Avianca em caso de quitação imediata da dívida. "Os voos operados pela Avianca Brasil serão autorizados a decolar mediante o pagamento, à vista, das respectivas tarifas ao aeroporto", dizia a nota da GRU.
Esse não foi o primeiro caso de risco de suspensão dos voos da companhia aérea . Na quarta-feira, a Floripa Airport, operadora do Aeroporto Internacional de Florianópolis, ameaçou interromper os voos da empresa pelo mesmo motivo. Após o aviso, o aeroporto fechou um acordo com a Avianca. Em outras situações, aeroportos em Porto Alegre, Salvador e Fortaleza também já chegaram a anunciar uma eventual suspensão dos voos.
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Para evitar problemas no atraso de pagamentos
da taxas aeroportuárias, a GRU Airport; a RIO Galeão, do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro; a Vinci Airports, que administra o aeroporto de Salvador;e a Fraport Brasil, que administra os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza; decidiram começar a exigir pagamento antecipado das tarifas.
Entenda a situação da Avianca
Quarta maior companhia aérea do País, a Avianca Brasil está em processo de recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Na última sexta-feira (5), os credores da empresa aprovaram seu plano de recuperação , que prevê a divisão da companhia em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs).
Os leilões devem acontecer até o fim deste mês e algumas companhias aéreas já confirmaram suas ofertas. A Latam Airlines Brasil e a Gol, por exemplo, prometerem tentar comprar pelo menos uma UPI por lance mínimo de US$ 70 milhões. A Azul também pretende comprar parte das operações, com lance de cerca de US$ 105 milhões.
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Além das divisões, o plano aprovado também permite que a companhia aérea consiga mais dois empréstimos, com a Gol e a Latam, de US$ 8 milhões cada. O subsídio vai servir para que a Avianca continue pagando suas operações básicas e os salários e direitos trabalhistas de funcionários. Antes, a aérea já tinha pego empréstimos da Azul e do fundo Elliot.