![Aquisição da XP Investimentos pelo Itaú havia será feita em três etapas, com conclusão prevista para 2022 Aquisição da XP Investimentos pelo Itaú havia será feita em três etapas, com conclusão prevista para 2022](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/3j/8e/fz/3j8efz1eka0ixaapm07ky64gh.jpg)
O Itaú-Unibanco rebeu, nesta quarta-feira (14), autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concretizar a aquisição da XP Investimentos. A transação consiste na compra de 49,9% do capital votante e 74,9% do capital social da empresa por R$ 6,2 bilhões.
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Para fazer a liberação, o Cade exigiu o cumprimento de algumas obrigações em um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) assinado tanto pelo Itaú quanto pela XP Investimentos . Segundo o órgão, o objetivo seria neutralizar possíveis efeitos anticompetitivos decorrentes da operação.
O anúncio de compra da XP pelo Itaú foi realizado em julho do ano passado. A transação, no entanto, deve ser feita em três etapas e ser concluída apenas em 2022. Depois deste período, o acordo ainda tem cláusulas que preveem a compra do restante das ações. Caso isso venha a acontecer, será necessário que a operação passe por um novo crivo do Cade.
A XP Investimentos é um tipo de corretora que permite que seus clientes tenham acesso a investimentos oferecidos por diferentes instituições financeiras, como fundos imobiliários, de renda fixa ou variável, ações nas Bolsa de Valores, entre outros. No caso dos bancos, só é permitido vender ao cliente produtos exclusivos de cada instituição.
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Ao conceder seu voto, o conselheiro relator do processo, Paulo Burnier da Silveira, seguiu recomendação da área técnica do Cade para impedir o controle administrativo e de gestão da XP pelo Itaú , pelo menos até 2022. Além disso, a XP não poderá discriminar a venda de investimentos oferecidos por outras instituições bancárias concorrentes do Itaú e nem poderá adotar medidas para prejudicar o surgimento de outras plataformas com atuação semelhante.
Já em relação ao Itaú, fica vetada a discriminação de plataformas concorrentes à XP caso o banco decida distribuir seus produtos de investimento por meio de plataformas abertas. O acordo também proíbe o direcionamento dos clientes do Itaú para a XP, para evitar o reforço da posição dominante já detida por essa empresa no seguimento de corretagem de investimentos.
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Os conselheiros Maurício Oscar Bandeira, Polyanna Vilanova, Paula Azevedo e Alexandre Barreto (presidente do Cade ). Foram contrários os conselheiros João Paulo de Resende e Cristiane Alkmin. Uma empresa de auditoria independente será contratada pelo Itaú e pela XP Investimentos para acompanhar e fiscalizar o cumprimento das condicionantes ao longo dos próximos anos. O Itaú agora aguarda a aprovação do Banco Central para efetivar a operação.
*Com informações da Agência Brasil