O presidente Michel Temer publicou, nesta segunda-feira (22), um decreto que autoriza o Nubank a se tornar um banco oficialmente. Com isso, a startup passa a ter maior autonomia em sua operação no País. Segundo o texto divulgado no Diário Oficial da União, "é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 100% no capital da instituição financeira a ser constituída pela Nu Holdings".
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Com a decisão, o Nubank não depende mais de parcerias com bancos no Brasil para montar uma estrutura de captação de recursos e oferta de crédito. Apesar de ser uma empresa brasileira, a fintech é controlado por uma holding que tem sede nas Ilhas Cayman, portanto, a aprovação presidencial era necessária, visto que a legislação brasileira exige este decreto. O processo levou cerca de dois anos.
Ainda não foram divulgadas as novidades da empresa a partir da liberação. No entanto, ao se tornar uma financeira, o Nubank passa ter autorização para oferecer produtos como contas-correntes ou CBDs. Além disso, um banco também pode permitir aos clientes o pagemento de tributos, como o IPTU e o IPVA.
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Com a conta de pagamentos já lançada pela empresa, a NuConta, não existe a possibilidade de fazer saques ou compras com cartão de débito, por exemplo. De acordo com informações divulgadas pela fintech, o pagamento de boletos e as transferências agendadas devem ser liberados em breve.
Investimento estrangeiro
Entre os investidores da startup estão diversas empresas de capital de risco, como a DST Global, a Sequoia Capital, a Kaszek Ventures e a Tiger Global Management. No total, já foram investidos cerca de R$ 600 milhões na companhia.
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Desde 2014, quando surgiu, o Nubank já emitiu mais de 3 milhões de cartões de crédito para consumidores de todo o Brasil. Buscando competir com as grandes instituições financeiras, a fintech passou a oferecer novos serviços ao longo do tempo, como a conta digital lançada em outubro e o programa de fidelidade Rewards.