Flávio Augusto da Silva
Arquivo pessoal
Flávio Augusto da Silva, 48, empresário, fundador da Wise Up, presidente do conselho da Wiser Educação e proprietário do clube de futebol Orlando City, nos EUA.

Em meio à pandemia de Covid-19, prosperidade. Apesar do cenário desfavorável em vários setores da economia, o  empresário  Flávio Augusto da Silva, de 48 anos, não tem do que reclamar. Muito pelo contrário: viu a rede de escolas de inglês online da qual é proprietário  crescer mais de 1000%. E prevê um aumento da adesão da plataforma online nos próximos anos.


Com um ensino online desde 2018, ele analisa como é possível crescer em meio a tempos difíceis. "A gente [Wise Up] teve a felicidade de entrar na pandemia já com um produto pronto".

Morador da periferia do Rio de Janeiro, entrou na Marinha aos 15 anos de idade, tendo ficado dois anos após entender que a carreira militar fugia de seu perfil criativo e questionador, sendo expulso ao final do seu segundo ano.

Vendas pelo orelhão

Prestou vestibular para o curso de Ciências da Computação, mas não chegou a iniciar. Começou a trabalhar em uma escola de inglês aos 19 anos usando fichas telefônicas e um orelhão para vender os cursos.

Desse trabalho informal em vendas, com algumas economias e um cheque especial de R$ 20 mil, criou uma rede de escolas de inglês em 1995 - a Wise Up, hoje com mais de 400 escolas.

Flávio diz que entender a demanda do consumidor sempre foi essencial para suas tomadas de decisão. "A minha atuação com o cliente lá na ponta, me deu sempre essa sensibilidade do cliente. Então quando eu abri minha empresa eu sempre orientei a criação do produto, o desenvolvimento da ideia, baseado naquilo que eu presumia o que o cliente quer e quando eu não tinha certeza, fazia uma pesquisa". Essa percepção, segundo ele, é muito importante se ter quando se pretende abrir um negócio próprio.

Dono de uma conta no Instagram com mais de 3 milhões de seguidores, fundou o "Geração de Valor" em 2011 com duas funções de início.

A primeira seria como uma função social. "Conhecimento gera renda" destaca o empresário; e a segunda intenção era ter o contato com as pessoas, para não perder toda a sensibilidade adquirida durante os anos como empresário. "Me dá uma percepção do que pensam as pessoas".

Em 25 anos empreendendo, passou por 10 crises e disse que é possível empreender durante a crise. "Essa ideia da segurança não existe, não existe estabilidade".

Segundo ele a crise desestrutura tudo, fazendo com que o dinheiro mude de mãos, fazendo com que o empreendedor entenda as novas necessidades do mercado. "Crise é sempre um sinal de oportunidade", ressalta. No entanto, Flávio lamenta que as pessoas tenham que empreender em meio a desempregos e cenários parecidos - agora na pandemia do Covid-19, que já se estende por mais de nove meses. 

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