Todo brasileiro que tem investimentos no Brasil pelo menos uma vez na vida já pensou em ter investimentos também em outros países do mundo.

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Investimentos
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É comum. Desde pequeno nós ouvimos que há países muito melhores para viver do que o Brasil - Estados Unidos, Alemanha e Canadá estão entre eles. Por que com os investimentos seria diferente?

Apesar desse pensamento não parecer incorreto, a realidade é que isso é um tanto quanto relativo. Muitos países desenvolvidos têm indicadores econômicos em patamares consistentes, enquanto que no Brasil encontramos taxas de juros maiores.

Nesse sentido, existe uma troca entre o investimento no Brasil e no exterior: em países desenvolvidos, há maior estabilidade. No Brasil, há maiores rendimentos na renda fixa.

De qualquer forma, muitos investidores que já investem no Brasil pensam em investir no exterior, mas ficam completamente perdidos nas formas como eles podem realizar estes investimentos. Pior: não sabem qual o investimento mais interessante “lá fora”.

Para ajudar nisso, listei 3 investimentos que podemos realizar no exterior! Mas antes, claro, irei ensinar também o que fazer para poder investir em aplicações de outros países.

Como ter acesso aos ativos estrangeiros

O primeiro passo, claro, é conseguir efetivamente investir no exterior. E a tarefa é bem mais simples do que se imagina.

A primeira coisa necessária é abrir uma conta em um banco ou uma corretora no exterior, o que é comum também de se fazer no Brasil, afinal, o mercado brasileiro exige, em muitos casos, que haja um intermediador nos investimentos.

Porém, no caso do investimento em outros países, há alguns adicionais:

  • Quem possui mais de US$ 100 mil em aplicações ou bens fora do Brasil precisa notificar o Banco Central todos os anos. Esse valor PRECISA ser informado para a Receita Federal, pois ela irá fazer o recolhimento de impostos
  • Muito provavelmente haverá de ser feito diversas remessas de recursos para conseguir aplicar nos investimentos. Dependendo de como o investidor faça isso, poderá haver também custos adicionais.
  • Há de se ter muito cuidado com a legislação do país escolhido para investir. O investidor terá que se preocupar tanto com a legislação brasileira quanto com a legislação do país estrangeiro do qual investiu.

É importante lembrar também que, para facilitar a vida do investidor, existem alguns acordos tributários entre países. O Brasil, por exemplo, tem um acordo tributário com os Estados Unidos que possibilita que o Imposto de Renda declarado no exterior seja compensado na declaração de ajuste anual. Bem bacana, né?

Pois bem, com tudo isso em mente você já está preparado para escolher também os investimentos a serem feitos.

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1. Fundos Cambiais e de Ações

Os fundos cambiais e os fundos de ações com gestão no exterior são quase sempre as opções mais procuradas pelos investidores.

E não é por acaso: além de trazerem rendimentos interessantes, estas aplicações ainda contam com outros benefícios que vão além das taxas atrativas.

Investir em um fundo destes isenta o investidor de ter que aplicar algumas boas horas do seu dia para fazer uma remessa ao exterior. Além disso, também o isenta de ter que prestar satisfações tanto ao Banco Central quanto também à Receita Federal.

O único cuidado que o investidor tem que ter é que estes investimentos atendem a propósitos diferentes. Em si, os fundos cambiais são alternativas melhores para quem quer se proteger das oscilações bruscas da moeda. Em outras palavras, o risco advindo da volatilidade das moedas acaba sendo menor.

Do outro lado, os fundos de ações são melhores alternativas realmente interessantes para diversificar os investimentos, já que você pode escolher várias empresas diferentes. Só valendo lembrar que, nesse tipo de caso, é sempre bom comparar com o cenário interno de investimentos, já que o Brasil, muitas vezes, possui opções que são mais interessantes do que as opções do exterior.

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Já fica a dica: compare. Veja as taxas. Há casos em que as taxas no exterior são tão altas que o investimento não compensa. Ao fazer isso, o investimento se torna realmente interessante sem colocar a saúde financeira do investidor em risco.

2. Fundos de Renda Fixa

Lembra que eu disse que as taxas de juros nos investimentos em renda fixa são maiores no Brasil? Bom, isso é verdade. Mas, temos que lembrar uma coisa: o mais importante nos investimentos é o seu retorno ACIMA da inflação.

E é justamente esse detalhe que, muitas vezes, faz com que os fundos de renda fixa estrangeiros se tornem fundos melhores do que os fundos nacionais, pois em muitos países temos a situação de inflação baixa e consistente, o que pouco vemos no cenário brasileiro.

Isso não quer dizer, claro, que todas as opções do exterior são melhores. Precisamos filtrar. O principal é entender que devemos olhar sempre para o rendimento acima da inflação. Será ele que ditará a viabilidade ou não do fundo!

3. Imóveis

A aquisição de imóveis no exterior foram investimentos que ficaram muito populares entre os investidores, principalmente nos eventos durante a crise imobiliária de 2008 nos Estados Unidos, que jogou o valor de milhares de imóveis nos EUAs para patamares muito baixos. Foi a época em que o brasileiro teve as melhores oportunidades para adquirir imóveis em regiões americanas muito concorridas, tais como Miami e Orlando.

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Hoje, isso mudou um pouco de figura. Na realidade, o que acabou ficando mais interessante ao investidor são os investimentos em títulos do setor imobiliário, que se reerguer e voltou a apresentar possibilidades bacanas para se conseguir rendimentos bacanas sem se expor ao risco de uma aquisição de imóvel.

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