Quem começa a investir, inevitavelmente se depara com o Tesouro Direto. E vamos até mais longe: além do Tesouro Direto temos os CDBs, as LCIs, as debêntures...
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Mas no meio de tantos investimentos, é justamente os investimentos da plataforma do Tesouro Direto que são os mais populares entre os investidores, principalmente entre aqueles que justamente estão dando os seus primeiros passos.
E, como este número de investidores que vão para o Tesouro Direto só cresce com o tempo, separei neste artigo 5 dicas que podem te dar mais confiança ao colocar seu dinheiro neste investimento e também ser mais dentre os novos investidores do tesouro! São elas:
1) Não comece pelos bancos
Ao conhecermos o Tesouro Direto, de imediato temos uma noção de que o investimento é bem simples de ser feito. Basta ter uma conta corrente num banco e ter uma instituição da qual sirva como intermediário na operação, pois aí é só entrar na plataforma da qual o próprio Tesouro Direto fornece e investir. Sem complicação nenhuma.
E não está errado. O problema só acontece quando o investidor tem o conhecimento dessa facilidade e parte para investir sem entender exatamente todas as taxas do Tesouro Direto, e sem comparar os intermediários.
Isso porque o investidor enfrentará uma decisão: investir por meio do banco ou investir por meio da corretora. Qual seria a diferença entre os dois, sendo que o Tesouro Direto é igual para ambos?
Acontece que há uma diferença, e uma diferença gritante: as taxas.
Enquanto que na corretora de investimentos nós vemos taxas mais baixas, e muitas vezes até mesmo isenção de taxas, isso não acontece quando vamos investir pelo banco. O banco, na realidade, é muitas vezes o grande responsável pelo baixo das aplicações feitas por intermédio deles, pois estes acabam diminuindo muito a rentabilidade dos investimentos devido às taxas inseridas em cada uma das modalidades diferentes.
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Por isso, é bom sempre tomar cuidado com taxas em bancos, e mesmo que você não invista por eles, já que existem tarifas até mesmo em transferências.
O ideal é que você procure a melhor forma possível de evitar os custos e taxas desnecessárias, justamente para não ser surpreendido por uma rentabilidade baixa, ou até mesmo um prejuízo!
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2) Liquidez
Todos os títulos do Tesouro Direto possuem uma liquidez alta, o que permite que o investidor consiga retirar seu investimento rapidamente, sem precisar esperar tempos longos como no caso de alguns fundos de investimento.
O problema, na realidade, é que apesar de ser muito próxima, a liquidez das aplicações do Tesouro não tem uma liquidez diária.
Ouvimos isso bastante, mas na realidade a liquidez dos investimentos da plataforma do Tesouro Direto são em D+1. Em outras palavras, o dinheiro só é resgatado 1 dia útil após o pedido de resgate.
Então, se você pede o resgate de um Tesouro Selic, por exemplo, o seu dinheiro só vai cair na sua conta da corretora na próxima segunda-feira, e não no mesmo dia que você pediu.
Essa é uma característica simples do Tesouro, mas muitos já se complicaram por entenderam que a liquidez do investimento é diária.
Pode até ser que, por causa disso, você considere que a poupança é melhor do que o Tesouro, mas lembre-se: o Tesouro, além de ter um rendimento melhor, ainda rende diariamente. No caso da poupança, o seu rendimento acontece apenas na chamada “data de aniversário”, que é quando o aporte de dinheiro que você fez completa 1 mês investido.
Por isso, não estou dizendo que investir pelo Tesouro Direto é ruim por causa de sua liquidez, pelo contrário: o Tesouro é uma boa alternativa à poupança. Mas precisamos entender precisamente os pontos positivos e negativos do investimento, para acabar não cometendo alguns erros bobos e prejudicando a nossa vida.
3) Cada título do Tesouro Direto atende a uma necessidade diferente
Um dos erros mais comuns dos investidores, tanto os iniciantes quanto até mesmo mais experientes, é sempre focar as suas análises em rentabilidade.
Muitos não escolhem um CDB, ou uma LCI por conta das suas características, mas sim por conta de suas rentabilidades. E, da mesma forma, isso acontece com os investimentos do Tesouro Direto. Isso é um perigo.
O principal foco do investidor deve ser em criar uma carteira de investimentos não que renda mais, mas sim que atenda às suas necessidades. Se o investidor precisa de um fundo de emergência, ele precisa procurar por investimentos que tenham uma boa liquidez e que não o faça correr riscos de perder uma parte do capital investido, e essas são características que vão além da rentabilidade.
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Por isso, mais do que procurar por rendimentos: procure por conhecimento para entender quais os títulos dentro do Tesouro que fazem mais sentido para você.
Se você precisa investir para a aposentadoria dentro da plataforma do Tesouro Direto, um Tesouro IPCA pode ser interessante. Se for para fundo de emergência, então aí um Tesouro Selic pode ser viável. Tudo depende do sentido que você dá ao investimento.