A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) anunciou que a demanda de passageiros em setembro continuou extremamente reduzida, não mostrando resultados positivos perante a retomada gradual do setor da aviação.
Com isso, a demanda total (medida em passageiro pagante-quilômetro ou RPKs) ficou 72,8% abaixo dos níveis de setembro de 2019 (um pouco melhor em relação à queda de 75,2% ano a ano registrada em agosto). Apesar disso, a capacidade diminuiu 63% em relação ao ano anterior e a taxa de ocupação caiu 21,8 pontos percentuais, atingindo 60,1%.
Conforme os dados divulgados pela IATA, a demanda internacional de passageiros no mês de setembro caiu 88,8% em relação ao mesmo período de 2019, basicamente sem mudança em relação à queda de 88,5% registrada em agosto. A capacidade despencou 78,9% e a taxa de ocupação diminuiu 38,2 pontos percentuais, atingindo 43,5%.
Apesar disso, a demanda doméstica em setembro caiu 43,3% em relação ao ano de 2019, um pouco melhor que a queda de 50,7% registrada em agosto. Em relação ao ano passado, a capacidade encolheu 33,3% e a taxa de ocupação caiu 12,4 pontos percentuais, atingindo 69,9%.
O tráfego doméstico do Brasil caiu 55,3% em setembro, no entanto, isso representa uma melhora de 11,7 pontos percentuais em relação a agosto.
Nós atingimos um obstáculo na recuperação do setor. A nova onda de surtos na pandemia, particularmente na Europa e nos Estados Unidos, associada à decisão dos governos de manter medidas de quarentena na ausência de esquemas de teste alinhados globalmente, interrompeu a tendência de reabertura das fronteiras para viagens.
Disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
Ainda de acordo com Alexandre, os mercados domésticos estão melhores, mas isso se deve principalmente às melhoras na China e na Rússia. O tráfego doméstico representa um pouco mais de um terço do tráfego total, porém, não é o suficiente para sustentar uma recuperação geral.
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