Um dos maiores vilões da vida em condomínio, é o crescimento exponencial das taxas ao longo do tempo, e isso pode ocorrer por diversos motivos…
O principal deles está relacionado a pessoal, que normalmente representa em torno de 60% das despesas de um empreendimento! Quando não se faz uma provisão de caixa para rescisões, por exemplo, funcionários mais antigos acabam tendo seus salários reajustados ano a ano (dissídios), de forma que se chega a um ponto onde a rescisão se torna exorbitante e o próprio salário muito alto para aquela função, mas nada se pode fazer pois não há dinheiro em caixa.
Outro exemplo que tem elevado as taxas condominiais são as concessionárias! O desperdício de água, luz e gás acaba por elevar bastante as contas… Isso sem falar nos contratos de manutenção e terceirizadas, que devem ser revisados periodicamente; nos insumos, que sem planejamento de compra acabam ficando mais caros; nas aprovações de verbas extraordinárias aprovadas em assembléias onde não se tem quórum relevante, entre outros fatores.
Muitas vezes, acabamos não nos dando conta do quanto essa taxa de condomínio elevada pode nos atrapalhar, pois além do problema do valor alto, a tarifa elevada de Condomínio assusta quem busca um apartamento para alugar, chegando em alguns casos a custar 80% do valor do aluguel, segundo estudos realizados recentemente. Para o proprietário à procura de um inquilino, o valor de condomínio pode ser um grande vilão na hora de fechar o negócio, muitas vezes impossibilitando a locação do imóvel. Para quem busca comprar um apartamento então, o problema é ainda maior, pois o valor da cota condominial é fundamental por se tratar de despesa fixa mensal.
Você viu?
E para ajudá-los a enfrentar tudo isso, separei aqui algumas dicas importantes que, se colocadas em prática, podem reduzir consideravelmente as tarifas condominiais:
- Crie ações de receita para seu condomínio, alguns exemplos são aluguel do barrilete para colocação de antena, colocação de vending machines com renda revertida para o condomínio, exploração de espaços como salão de beleza dentro dos condomínios, entre outros;
- Faça sempre as manutenções preventivas nos equipamentos coletivos, elas custam menos do que os seus eventuais consertos;
- Revise periodicamente as escalas de trabalho dos profissionais do condomínio, verifique se não está pagando adicional ou hora extra sem precisar, etc.
- I nvista em tecnologias que ajudam a reduzir consumos, faça a troca das lâmpadas por led por exemplo;
- Invista em meios de comunicação eficiente com os condôminos, reduzindo custos com impressos e engajando os moradores em campanhas, etc;
- Controle de perto a inadimplência, ofereça soluções para quem está apertado, fique em cima dos "espertalhões" não deixe que vire uma "bola de neve".
- Faça uma provisão mensal de caixa para futuras rescisões, férias e 13º;
- Revise os contratos com manutenções e terceirizadas periodicamente, e verifique se os valores estão dentro dos praticados no mercado;
- Proponha ações de redução de consumo de água, luz e gás, com campanhas, ou às vezes até mesmo investindo em economizadores de luz e redutores de pressão disponíveis à venda;
- Planeje a compra de insumos como material de limpeza, etc. com antecedência e faça acordo com atacadistas para reduzir os custos;
- Participe ativamente das assembléias e faça uma análise criteriosa sobre o que está sendo discutido, se faz sentido incorrer no gasto que está sendo proposto ou não, escale as prioridades;
Veja o gráfico dos maiores vilões das taxas de condomínios
A verdade é que não temos receita de bolo… Cada caso é um caso, mas o bom senso e a atenção continuam sendo seus maiores aliados!!
"Tenha cuidado com os custos pequenos! Uma pequena fenda afunda grandes barcos."
Benjamin Franklin