Mais da metade dos brasileiros afirma sentir mais medo do que esperança
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Mais da metade dos brasileiros afirma sentir mais medo do que esperança

Pesquisa divulgada pela Folha de S. Paulo neste final de semana mostra que os brasileiros estão desanimados. Cerca de 61 % dos entrevistados se dizem desiludidos com o país. O mesmo percentual de cidadãos está com medo do futuro e também triste com o panorama atual. Para completar, 71 % dos ouvidos pelo estudo se sentem inseguros (pela ótica da segurança pública). E mais: 55 % dos brasileiros afirmam ter mais medo do que esperança.

Vive-se um momento conturbado no Brasil, de sinais misturados. A economia mostra o crescimento do PIB em 3,7 % no primeiro semestre, mas o varejo passa por uma das maiores crises da história. Muitas empresas ainda sofrem com os juros altos e os trabalhadores ainda estão ressabiados com o poder corrosivo da inflação em seus salários e acossados pelo temor do desemprego.

Para tornar o quadro mais difícil, muitas instituições estão em baixa, a começar pelos políticos e militares. O Congresso é aprovado por apenas 16 % da população – e somente 35 % confiam plenamente nos militares.

Some-se a isso declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que soam antiquadas e com viés antimercado, além da sanha assassina que se desenvolveu no governo por aumentar a arrecadação via tributos (com isso, empresários enxergam uma disposição quase infinita dentro do Ministério da Fazenda com o objetivo de arrancar mais dinheiro deles).

Parece haver um descontentamento razoável entre os eleitores de centro com o PT no governo. Mas essas mesmas pessoas não se animam com a possibilidade de ter novamente Jair Bolsonaro (ou um bolsonarista inflexível) no poder.

Neste quadro, temos ainda o Supremo Tribunal Federal conduzindo uma verdadeira fogueira das vaidades em suas sessões – além de ministros que interpretam criativamente a Constituição e parecem extrapolar suas funções.

Por fim, temos uma imprensa que não inspira confiança nos dois lados do espectro político. Um mesmo veículo pode ser visto como “golpista” por eleitores de esquerda e como “comunista” por entusiastas da direita.

Como se manter otimista em um quadro como este?

Até o mais veemente dos esperançosos terá dificuldades de manter o seu pensamento positivo dentro do Brasil de hoje. Mas é possível ver, aqui e ali, seres obstinados cujo otimismo é inabalável. O que estas pessoas têm em comum?

Geralmente são indivíduos que mantêm foco total no trabalho, sejam empresários ou funcionários – e preferem não dar atenção muita ao governo. Com isso, a atenção dispensada aos desafios do país é reduzida e a concentração para resolver um problema real dentro das companhias prevalece.

Nessa hora de crise, o que podemos fazer de diferente ou de melhor? Teríamos como explorar um espaço inédito no mercado? Como eu posso incomodar a concorrência? O que eu tenho que eles não têm? Como reforçar esses pontos positivos?

Essas perguntas flutuam na cabeça dos otimistas, que se mantêm ocupados para não se deixar contaminar pelo pessimismo. Cada um dos otimistas possui muita motivação interior, sem deixar que o quadro geral o desanime. O segredo para manter esse positivismo em alta é não prestar atenção em tudo que possa levar ao negativismo. É preciso disciplina e grande humildade. Você consegue se despir das coisas ruins e prestar atenção nas boas? Então, seu caminho está traçado e você vai longe. Fique nessa estrada. Caso contrário, a capotada será feia, muito feia.

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