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Empreendedor aponta 3 perguntas que o fizeram descobrir que não queria mais a carreira em Wall Street
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Empreendedor aponta 3 perguntas que o fizeram descobrir que não queria mais a carreira em Wall Street

Não é fácil pensar fora da caixinha, ter coragem de desistir de seguir “o caminho”, aqueles sonhos e promessas que traçamos a nós mesmos para nossa vida e carreira – que inclui promessas de felicidade, bons salários e sucesso. Muitas pessoas, porém, precisam desistir, ou desviar, do trajeto em linha reta – talvez por necessidades externas, mas também pelo desejo de construir algo diferente. E, assim, encontram um novo objetivo de vida depois de algumas perguntas instigarem o autoconhecimento.

O empreendedor Min Fang, cofundador da Harper Partners, conta como foi o processo de desistência de todo aquele ideal que tinha aspirado a sua carreira:  trabalhar em Wall Street e ser um “business man” de sucesso. Segundo ele contou ao site Motto Time, assim como muitos colegas do colégio, ele sempre desejou fazer uma universidade de administração e, depois disso, seguir um caminho de sucesso. Porém, depois de quatro anos trabalhando em Wall Street, enquanto cursava a faculdade, parou e começou a fazer perguntas para si mesmo, questionando sobre o que realmente queria para sua vida profissional.

“E percebi o que eu realmente valorizava: liberdade para ser eu mesmo, fazer o que gosto e conseguir prover a todos de quem eu gosto”, conta.

Como cresceu em uma família proprietária de um pequeno negócio, o empreendedor acabou sendo influenciado pela lembrança de liberdade que o empreendimento trazia aos envolvidos.  “Mas eu não entendia o quanto isso realmente vale até que comecei minha companhia, a Harper Partners, credor alternativo para startups. Depois dela, eu rapidamente percebi que tentar desenvolver um negócio próprio ao mesmo tempo em que estudava era impossível para mim, por isso desisti da faculdade”, lembra.

Pode não ser uma opção para todo mundo. Parar de estudar ou arriscar-se logo no início da carreira é arriscado, afinal. Mas o caso de Fang pode inspirar a todos os profissionais que se encontram em um período da carreira cheia de dúvidas e/ou descontentamentos. Muitas vezes “o caminho” que traçamos a nós mesmos acaba nos tornando prisioneiros.

Se você está pensando em desistir do que tem feito até agora e mudar os rumos de sua carreira, deve se fazer essas perguntas – sugeridas pelo empreendedor – e descobrir o que realmente deseja para você mesmo.

1. Sou aberto às mudanças?

Carreiras não são mais lineares, essa é a verdade. Antigamente, as pessoas prezavam por construir um histórico numa mesma empresa, mas, hoje, os profissionais não desejam isso, necessariamente. “Aposentar-se pela companhia X” está longe de ser o sonho de qualquer jovem. Aliás, a geração dos Millenials tem média de 4 trabalhos diferentes em 10 anos – duas vezes mais do que a geração anterior.

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Por isso, é importante que você tenha a mente aberta, que não tenha medo de se reinventar. É claro que há algumas circunstâncias que exigem que continuemos em um caminho que não queremos, mas se a única coisa que está te prendendo é o medo, então você precisa acordar!

2. O que é sucesso para você?

Muitos jovens profissionais percebem que o caminho que traçaram para sua carreira não é o certo. Entretanto, na hora que descobrem isso, estão em um momento no qual já ganham um salário OK... E aí vem aquela pergunta: continuo nesse trajeto ganhando meu dinheirinho ou arrisco perder essa segurança e tento algo que me faça feliz?

Uma boa tática é considerar como você tem crescido. Quais são os valores que estão te instigando a crescer? O que você acha que tem valor? É seu estilo e qualidade de vida, a família, o dinheiro, a segurança ou algo completamente diferente?

“A trajetória que estava fazendo me permitiu uma boa grana para um fundo de investimento. Contudo, eu percebi que, para mim, era mais empolgante ter meu próprio negócio. De certa forma, descobri que para minha família, o ‘Sonho Americano’ estava mais próximo de desenvolver um projeto próprio do que trabalhar em Wall Street”, conta Fang.

3. Você tem convicções?

Não siga a multidão, tenha suas próprias convicções. Afinal, hoje é a indústria do sexo que está em alta, amanhã é outra coisa. Mas, isso faz sentido para você? Vale a pena você seguir a “modinha”? Pense de maneira cuidadosa sobre suas habilidades – naquilo em que você é realmente bom, encontre algo que te faça empolgar e saiba onde você quer estar.

Não seja cego, uma Maria-vai-com-as-outras do mercado, fazendo coisas que são populares somente porque todo mundo está fazendo isso. Se você não tem convicção de que está entrando em algo realmente certo, você se questionará cedo ou tarde por que está fazendo aquilo.

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Tenha estratégia para fazer sua decisão e também considere os ciclos econômicos: indústrias populares agora podem até estar no topo desse ciclo, mas o pêndulo pode rapidamente balançar, resultando em demissões e experiências péssimas. Assim, você precisa pesar as finanças.

Jovens profissionais são frequentemente desafiados com decisões difíceis – que fecham portas, mas abrem janelas –, por isso, escolher o enquadramento adequado pode ajudar no seu processo de tomada de rumo.  

Fugir do que é familiar, rotina, conhecido pode causar muito medo, muito estresse. Mas, sabe o que é pior do que isso? Acabar no lugar errado, que não significa nada para você. Dessa maneira, fazer perguntas a si próprio – e responde-las de maneira honesta – pode te ajudar a dar um passo atrás para, então, seguir muito mais firme no seu caminho. Sem medo.

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