Os Estados Unidos, que importaram oito milhões de automóveis em 2024, representam um mercado crucial para muitos dos grandes exportadores de veículos
ROSLAN RAHMAN
Os Estados Unidos, que importaram oito milhões de automóveis em 2024, representam um mercado crucial para muitos dos grandes exportadores de veículos
Roslan RAHMAN

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Dois passos para a frente e um para trás: ao anunciar uma pausa nas chamadas tarifas "recíprocas", Donald Trump parece, agora, concentrar suas atenções na China.

Seguem abaixo os diversos anúncios de impostos aduaneiros feitos pelo presidente americano:

- China, principal alvo -

Pequim é o principal alvo das tarifas americanas, que começaram em 10%, depois subiram para 20%, sob a justificativa de o governo chinês não combater duramente o tráfico de substâncias usadas na produção de fentanil.

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Para reduzir o déficit comercial com a China, Trump aumentou a taxa em 34% na semana passada. Pequim respondeu com uma tarifa de 34% sobre todos os produtos americanos.

Diante da represália, o presidente americano acrescentou mais 50%, para um acumulado de 104% desde a última quarta-feira.

A China respondeu com uma nova taxa, de 84%, e Trump anunciou horas depois que o imposto sobre os produtos chineses passaria a 125%.

- Restante do mundo -

Todos os produtos que entram nos Estados Unidos estão sujeitos a uma sobretaxa de 10% desde a semana passada. Tarifas adicionais a dezenas de países estavam previstas para hoje, mas Trump decidiu adiar por três meses a sua aplicação.

O imposto mínimo de 10%, no entanto, ainda representa um aumento significativo para a maioria dos produtos: as importações europeias eram taxadas anteriormente em menos de 3%, em média.

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De todas as importações que entram nos Estados Unidos, mais de 87% dos produtos foram taxados em menos de 10% em 2023, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC).

- México e Canadá -

Embora tenham ficado de fora das tarifas da semana passada, Canadá e México foram os primeiros alvos das tarifas aduaneiras de Trump, que acusou os dois países e a China de combaterem de forma insuficiente o tráfico de fentanil.

O presidente americano impôs uma taxa de 25% sobre todos os bens de seus vizinhos, e de 10% sobre os produtos energéticos do Canadá, que já começou a retaliar.

Trump deu um passo atrás e levantou temporariamente as tarifas sobre os produtos que entram nos Estados Unidos sob o T-MEC, que representam quase metade do comércio entre os três países, segundo a Casa Branca.

- Setores -

O presidente americano quer proteger a indústria nacional e promover mais investimentos no país. Por esse motivo, impôs no mês passado tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, uma medida que afeta principalmente o Canadá, mas também o Japão, a Austrália e a UE.

Nessa categoria, entra o imposto de 25% sobre as importações de automóveis, para incentivar as empresas a retomar a fabricação nos Estados Unidos.

Outros setores aguardam a sua vez. Trump reiterou sua vontade de impor novos impostos sobre a madeira para construção, os produtos farmacêuticos e os semicondutores.

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