
Os Estados Unidos prorrogaram até 27 de maio o prazo para que a petroleira Chevron liquide suas operações na Venezuela, informou o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, em sua sigla em inglês) nesta segunda-feira (24).
Poucas horas antes, o presidente Donald Trump havia anunciado que os países que compram petróleo e gás venezuelano pagarão uma tarifa de 25% a partir de 2 de abril em suas transações comerciais com os Estados Unidos.
No final de fevereiro, o magnata republicano anunciou o fim da licença que permite à Chevron operar na Venezuela.
Como consequência, o Departamento do Tesouro ordenou o "encerramento de atividades" no país caribenho da Chevron, de suas "empresas conjuntas" com a petroleira estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) ou de qualquer companhia na qual essa última possua "uma participação igual ou superior a 50%".
A licença 41B, criada pelo Departamento do Tesouro, entra em vigor nesta segunda e revoga a emitida no começo de março, que estabelecia a data de 3 de abril como prazo limite para a liquidação.
A nova licença mantém à Chevron, única petroleira americana que opera na Venezuela, uma série de restrições que afetam o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A Chevron não poderá pagar "impostos ou regalias ao governo da Venezuela", nem dividendos à estatal PDVSA, nem a nenhuma companhia em que ela possua "direta ou indiretamente uma participação igual ou superior a 50%".
Também ficam proibidas a venda de petróleo ou produtos petrolíferos "a qualquer jurisdição que não seja os Estados Unidos" e realizar transações com empresas controladas pela Federação Russa.
Por último, e como vem sendo costume, também não são permitidas operações com pessoas sancionadas por Washington.