Funcionários trabalham na fábrica Kawasaki que constrói vagões para metrô, em Lincoln, Nebraska, no dia 13 de maio de 2024
CHARLY TRIBALLEAU
Funcionários trabalham na fábrica Kawasaki que constrói vagões para metrô, em Lincoln, Nebraska, no dia 13 de maio de 2024
Charly TRIBALLEAU

A economia americana cresceu mais do que o inicialmente previsto no segundo trimestre de 2024, devido aos gastos com consumo superiores ao estimado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira (29).

A maior economia do mundo cresceu a uma taxa anual de 3% entre abril e junho, acima dos 2,8% de uma estimativa anterior.

"A atualização refletiu principalmente uma revisão para cima dos gastos dos consumidores", segundo o relatório.

O consumo inesperadamente alto — apesar das taxas de juros ainda mais altas — ajudou a impulsionar a economia dos Estados Unidos nos últimos tempos.

Entretanto, como as famílias estão esgotando as poupanças da era da pandemia, esperava-se que o consumo recuasse.

Os gastos com consumo são "o principal motor da economia, quase 70% do PIB", recordou Robert Frick, economista do Navy Federal Credit Union.

Na última revisão, o aumento dos gastos foi parcialmente compensado por revisões para baixo em outras áreas, como investimento empresarial, exportações e gastos do governo. As importações, por outro lado, foram revisadas para cima.

Para Frick, os EUA tiveram um "pouso suave há alguns meses", ou seja, o Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), com sua política de taxas altas, conseguiu manter a inflação sem que o país entrasse em recessão. Mas "os cortes nas taxas de juros são esperados", afirmou.

O Fed aumentou suas taxas para os indicadores mais elevados em mais de duas décadas, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo e o investimento, o que diminui as pressões sobre os preços.

O banco central americano informou que deverá cortar suas taxas de juros na próxima reunião de política monetária, nos dias 17 e 18 de setembro.

Há temores de uma desaceleração econômica a curto prazo.

- Aumento do desemprego -

A taxa de desemprego subiu para 4,3% em julho.

Já o número de empregos criados no país foi revisado em forte baixa para o ano fiscal que terminou no final de março, uma queda explicada exclusivamente pelos dados do setor privado, segundo o Departamento de Comércio em seu relatório de 21 de agosto.

A informação preliminar do último ano fiscal indica que a economia dos EUA criou menos 818.000 empregos do que os números considerados até agora.

Esta correção da estimativa representa uma diminuição de 30% em relação aos dados iniciais de 2,9 milhões de vagas criadas em um ano até março.

    AFP

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