O Google apresentou, nesta terça-feira (13), seus novos smartphones Pixel, equipados com ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa.
Na sede do grupo em Mountain View, na Califórnia, os Pixel 9 foram apresentados juntamente com relógios de conectividade e outros acessórios.
A estrela do show foi a IA generativa, integrada a esses dispositivos para permitir que os usuários se comuniquem com a máquina.
O grupo californiano tem uma importante vantagem comparativa na concorrência pela IA: os dados dos usuários, que podem ser coletados graças aos seus serviços ultra utilizados no mundo, como o sistema móvel Android ou aplicativos como YouTube, Google Maps e Gmail.
Com esses dados, um assistente que funciona com base na IA poderia ser acessado a todo momento e ser capaz de executar muitas tarefas em nome do usuário.
O Gemini, principal modelo de IA do Google, pode oferecer "ajuda personalizada" para "acessar informações em sua caixa de entrada, Gmail, calendário e muito mais", disse Shenaz Zack, diretor dos modelos Pixel, durante uma coletiva de imprensa.
Apesar de seu império online, o Google não conseguiu se destacar no mundo dos smartphones, um mercado dominado pela Apple e pela sul-coreana Samsung, bem como pela chinesa Xiaomi.
A Apple só recentemente se lançou na IA generativa com a "Apple Intelligence", apresentada em junho, um ano e meio depois do início da corrida desenfreada para dominar essa tecnologia, lançada pela OpenAI com o ChatGPT.
Os modelos Pixel 9 comportam um microchip personalizado para o Gemini, capaz de compreender e produzir dados na forma de texto, som ou imagens. Isso poderia permitir que o sistema marcasse um horário no cabeleireiro ou no mecânico, redigisse mensagens, encontrasse capturas de tela e extraísse informações, entre outras coisas.
Eles também oferecem o "Gemini live", um aplicativo que permite conversar com o assistente, disponível em inglês em todos os smartphones Android. Esse aplicativo pode ser usado, por exemplo, para treinar antes de uma entrevista de emprego.