Um trabalhador verifica alguns grãos de café em uma fábrica de processamento em Brasília, em 15 de setembro de 2022
EVARISTO SA
Um trabalhador verifica alguns grãos de café em uma fábrica de processamento em Brasília, em 15 de setembro de 2022
Evaristo Sa

A inflação no Brasil desacelerou em junho, com 0,21% no índice mensal e 4,23% no interanual, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira(10).

Em maio, os preços subiram 0,46% e a inflação em 12 meses foi de 3,93%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

"O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi alimentação e bebidas", com alta de 0,44% em junho, frente a 0,62% em maio, informou o IBGE.

Produtos como cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%) caíram de preço devido à maior oferta, enquanto outros como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%) ficaram mais caros.

Outros setores que registraram aumentos foram de saúde e cuidados pessoais (0,54%) e habitação (0,25%).

A inflação está dentro da margem de tolerância oficial (+/- 1,5 ponto percentual) acima da meta de 3% do Banco Central.

Para 2024, o governo do presidente Lula espera uma inflação de 3,7%, segundo a última projeção divulgada em maio. Já o mercado estima em 4,02%, segundo uma pesquisa Focus e do Banco Central do Brasil (BCB) divulgada esta semana.

O BCB manteve a taxa Selic em 10,5% em junho, interrompendo um ciclo de sete reduções consecutivas desde agosto de 2023.

A decisão, esperada pelo mercado, foi uma má notícia para Lula, que desde que chegou ao poder em 2023 pressiona por uma rápida queda dos juros para impulsionar o crescimento.

As taxas elevadas encarecem o crédito e desencorajam o consumo e os investimentos, contribuindo para moderar a pressão sobre os preços e conter a inflação.

    AFP

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!