INSS eleva idade minima para aposentadoria
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
INSS eleva idade minima para aposentadoria

A partir de janeiro de 2026, a idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição do  INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai aumentar novamente, seguindo o cronograma da Reforma da Previdência. A mudança impacta diretamente trabalhadores que estão próximos de se aposentar e pode alterar planos já em andamento.


Segundo o INSS, a nova exigência será de 59 anos e 6 meses para mulheres, com pelo menos 30 anos de contribuição, e de 64 anos e 6 meses para homens, com 35 anos de recolhimento. A regra faz parte da transição que eleva a idade a cada ano até atingir o limite definitivo de 62 anos para mulheres e 65 para homens.

Na prática, quem completar o tempo de contribuição apenas em 2026 pode ser obrigado a esperar mais alguns meses para atingir a nova idade mínima. Mesmo com todos os pagamentos em dia, o fator etário passa a ser determinante para a concessão do benefício.

Atenção às regras de transição

A advogada Carla Benedetti, mestre em Direito Previdenciário, explica que esse é um momento que exige atenção redobrada do trabalhador. Segundo ela, é fundamental revisar todo o histórico de contribuições e identificar corretamente em qual regra de transição a pessoa se enquadra.

Carteira de trabalho
Marcello Casal Jr. / Ag. Brasil
Carteira de trabalho

A especialista alerta que pedidos feitos sem a análise correta das novas exigências podem resultar em indeferimento ou em necessidade de aguardar mais tempo. Isso impacta diretamente o planejamento financeiro de quem está prestes a deixar o mercado de trabalho.

Além da regra da idade mínima, continuam válidas outras modalidades de aposentadoria, como a regra dos pontos e os pedágios de 50% e 100%, que podem ser mais vantajosos dependendo do perfil do segurado. Cada opção exige cálculos específicos e pode alterar tanto o tempo de espera quanto o valor final do benefício.

Para quem pretendia se aposentar entre 2025 e 2026, a orientação é revisar o tempo de contribuição, organizar a documentação e planejar com antecedência. Em muitos casos, a busca por orientação especializada pode evitar prejuízos.

Carla Benedetti também recomenda a consulta ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para verificar se todos os vínculos e contribuições estão corretamente registrados. Segundo ela, esse é um passo essencial para evitar surpresas na hora do pedido.

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