Carrefour possui 700 lojas na Argentina
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Carrefour possui 700 lojas na Argentina

O Carrefour segue em busca de um comprador após anunciar que vai vender suas 700 lojas na Argentina.

A companhia francesa informou em julho deste ano que a decisão faz parte de uma reestruturação global, que visa concentrar investimentos em mercados considerados mais estáveis, como Brasil, França e Espanha.

A empresa contratou o Deutsche Bank para avaliar o negócio e identificar potenciais compradores.

O valor estimado das ofertas varia entre US$ 800 milhões e US$ 1,5 bilhão, embora inicialmente o negócio tenha sido avaliado em até US$ 2 bilhões.

A expectativa é que a decisão sobre o comprador seja anunciada entre setembro e início de outubro de 2025.

Segundo os comunicados da companhia, as cerca de 700 lojas argentinas continuarão funcionando normalmente durante o processo de venda.

A operação envolve aproximadamente 17 mil funcionários, e não há previsão de fechamento imediato de unidades.

Veja mais: Acionistas do Carrefour Brasil decidem fechar capital

O plano é transferir a gestão das lojas para o comprador, que assumirá também os riscos trabalhistas existentes.

Entre os interessados estão grupos locais como Coto, liderado por Alfredo Coto; Changomás, de Francisco de Narváez; La Anónima, da família Braun; além de associações de supermercados chineses para o formato Express.

Também há negociações envolvendo alianças, como a da empresa Newsan, de Rubén Cherñajovsky, com os proprietários da rede Havanna.

Os novos proprietários não poderão utilizar a marca Carrefour, conforme as condições estabelecidas pela empresa.


A saída do Carrefour é interpretada por analistas como parte de um movimento mais amplo de empresas multinacionais, que enfrentam dificuldades de rentabilidade e instabilidade econômica sob o governo de Javier Milei.

O mercado argentino tem registrado queda no consumo e desafios estruturais que influenciam a decisão de empresas estrangeiras de reduzir operações no país.

Outros focos

Alexandre Bompard, presidente do Grupo Carrefour
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Alexandre Bompard, presidente do Grupo Carrefour


A companhia afirmou que a estratégia de priorizar mercados mais rentáveis não implica em fechamento imediato das lojas, mantendo o atendimento normal até a conclusão do processo de negociação.

Enquanto isso, a venda das unidades argentinas segue em andamento, com propostas em análise e expectativa de anúncio do comprador nos próximos meses.

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