Outras 4 linhas de trens e metros da capital paulista operam por meio do modelo PPP
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Outras 4 linhas de trens e metros da capital paulista operam por meio do modelo PPP


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O leilão do chamado Lote Alto Tietê, concessão de mobilidade urbana dentro do modelo Parceria Público-Privada (PPP) que reúne as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da  Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), marcado para esta sexta-feira (28), será disputado pelo grupo CCR, que inclui a ViaMobilidade, e o Grupo Comporte Participações S.A.

O leilão para a concessão das linhas para a iniciativa privada faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo do Estado de São Paulo.  A confirmação dos dois únicos concorrentes que apresentaram propostas para a sessão pública foi publicada nesta quarta-feira (26),  no Diário Oficial.

As linhas 11-Coral,12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
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As linhas 11-Coral,12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos


O grupo CCR já opera as outras quatro linhas de trens e metrô na capital paulista que também foram concedidas à iniciativa privada por meio de PPP.

O grupo opera a linha 4-Amarela, por meio da subsidiária Viaquatro, e as linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, pela Via Mobilidade.

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Já o Grupo Comporte Participações S.A administra atualmente o metrô de Belo Horizonte (MG). Em 2024, se juntou à chinesa China Railway Construction Corporation (CRCC) no 'Consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos' e venceu o leilão do Trem Intercidades (TIC) para construção da linha de trem que deverá ligar São Paulo a Campinas.

A empresa também vai administrar a linha 7-Rubi da CPTM, depois de ter ganho o leilão realizado em fevereiro do ano passado. No contrato, ficou acertado início das operações 18 meses após sua assinatura.

O metrô de Belo Horizonte é administrado por um dos grupos concorrentes
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O metrô de Belo Horizonte é administrado por um dos grupos concorrentes


O grupo controla também várias empresas de ônibus no estado de São Paulo, como a Viação Piracicabana, Expresso de Prata, Expresso Itamarati e Viação Luwas. Opera atualmente o VLT entre as cidades de Santos e São Vicente, no litoral Sul de São Paulo, através da subsidiária BR Mobilidade, além de ser dona de aplicativos de vendas de passagens de ônibus como Mobifácil e 4Bus.

O investimento no Lote Alto Tietê

A concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade para a iniciativa privada sob o modelo de PPP prevê investimentos de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.

De acordo com o governo do Estado de São Paulo, a modernização das linhas 11, 12 e 13 beneficiará diretamente a zona leste de São Paulo, além de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes. 

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O escopo ainda prevê ampliação de mais de 25 km nas linhas, investimentos na rede aérea, via permanente e sinalização, implantação de equipamentos e sistemas. Além da construção de dez novas estações, sendo oito pela nova concessionária e duas pelo Metrô (Penha e Gabriela Mistral), reconstrução, ampliação e reforma das estações.

O escopo prevê ampliação de mais de 25 km nas linhas, entre outros investimentos
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O escopo prevê ampliação de mais de 25 km nas linhas, entre outros investimentos


Na linha 11-Coral, será feita extensão de 4 km de Estudantes a César de Souza; na Linha 12-Safira, de 2,7 km de Calmon Viana a Suzano, e na linha 13-Jade, expansão de 15,6 km de Guarulhos até Bonsucesso e de 5,2 km até Gabriela Mistral.

O governo paulista afirma que vencerá o grupo que oferecer o maior desconto sobre as contraprestações que o Estado deverá pagar ao concessionário, cujo montante máximo foi calculado em até R$ 1,49 bilhão ao ano. Além disso, está previsto o pagamento de um aporte público para viabilizar as obras de melhoria das três linhas com valor estimado em R$ 10 bilhões.

Geração de emprego

O governo do Estado de São Paulo salienta ainda que a expectativa é de que a concessão terá impacto direto no mercado de trabalho, criando mais de 15 mil empregos diretos e indiretos no estado de São Paulo. Serão abertos postos em diversas áreas, como construção civil, manutenção e operação ferroviária.

A previsão é de que, durante as obras, milhares de profissionais serão contratados para atuar na ampliação da infraestrutura, na reforma de estações e na modernização dos sistemas. Com a operação plena das linhas, novas vagas serão abertas para a gestão e manutenção dos serviços, garantindo empregos de longo prazo.

Governo de SP prevê geração de 15 mil empregos diretos e indiretos com o investimento
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Governo de SP prevê geração de 15 mil empregos diretos e indiretos com o investimento


Além do impacto na geração de empregos, o projeto estimulará o crescimento econômico ao fortalecer a cadeia produtiva do setor ferroviário. Fornecedores de equipamentos, materiais e serviços serão beneficiados pelos investimentos, gerando mais oportunidades e dinamizando a economia local.

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