O ministro da Fazenda , Fernando Haddad , descartou nesta segunda-feira (6) a hipótese de subir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para impedir a disparada do dólar .
“Tem um processo de acomodação natural [do câmbio]”, disse jornalistas na chegada ao Ministério da Fazenda, em Brasília, depois de se reunir com o presidente Lula. “É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão sobre mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo”, acrescentou.
“Houve um stress no fim do ano passado no mundo todo e aqui também no Brasil.”
Segundo Haddad, Donald Trump, eleito nos Estados Unidos, aparentou ser mais moderado do que na campanha, o que eleva o otimismo do governo brasileiro.
“Estamos recompondo a base fiscal do Estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas pelo Congresso Nacional.”
Orçamento
O Orçamento de 2025 deve ser votado em fevereiro e, até lá, o ano começa com algumas restrições, mas a área econômica diz não ver impacto no funcionamento do governo.
"Tem uma regra pra isso [de execução], enquanto não votar o orçamento no começo do ano. E, no começo do ano, tem sempre uma execução mais lenta mesmo, ordinariamente. Mas nós temos que discutir falar com o relator para ajustar o orçamento às perspectivas do arcabouço fiscal e das leis que foram aprovadas, no final do ano passado", disse Haddad.
A aprovação demorou porque as medidas de cortes de gastos foram adiadas para as últimas sessões do Congresso. Porém, o governo não se mostra apreensivo quanto a este ponto e nega debater novas restrições orçamentárias.
"Nós não conversamos sobre isso [propostas de cortes de gastos] hoje, conversamos sobre outros temas. Mais o planejamento do ano, a questão do orçamento que ainda precisa ser votado", acrescentou o ministro.