O dólar comercial registrou queda nesta quarta-feira (11), encerrando o dia cotado a R$ 5,968, uma baixa de 1,3% em relação ao fechamento anterior. É a primeira vez em duas semanas que a moeda norte-americana fecha abaixo dos R$ 6. Já o Ibovespa subiu à espera da decisão do Copom, que acabou, após o fechamento do mercado, elevando a taxa de juros para 12,25%.
No mercado de turismo, o dólar também apresentou retração, fechando a R$ 6,23, com uma queda de 0,97%.
No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou alta de 1,06%, alcançando os 129.593,31 pontos. O avanço reflete a expectativa dos investidores em relação à decisão do Comitê de Política Monetária, prevista para ser anunciada após o fechamento do mercado.
Esta é a última reunião do Copom no ano, e o mercado está dividido entre a possibilidade de uma alta de 0,75 ou 1 ponto percentual na taxa Selic.
A decisão sobre a taxa básica de juros no Brasil ocorre em um contexto de ajustes na política econômica.
O governo publicou uma portaria para regularizar os pagamentos de emendas parlamentares, visando acelerar a votação do pacote de corte de gastos no Congresso. Essa medida é vista como uma tentativa de reforçar a base política para a aprovação de ajustes fiscais.
Cenário internacional
No cenário internacional, os dados de inflação dos Estados Unidos também influenciaram os mercados. O índice de preços ao consumidor registrou alta de 0,3% em novembro, acumulando 2,7% nos últimos 12 meses.
O resultado é um dos principais indicadores considerados pelo Federal Reserve (Fed) para decidir sobre taxas de juros.
A expectativa atual é de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica, embora o Fed possa optar por uma pausa no ciclo de cortes em janeiro, dependendo do impacto dos ajustes na economia norte-americana.
A redução das taxas de juros nos Estados Unidos beneficia mercados emergentes, como o Brasil, ao estimular investimentos em economias com rendimentos mais atrativos.
Internamente, o aumento da taxa Selic poderia atrair mais investidores para o mercado nacional e reduzir o chamado "carry trade", prática que envolve empréstimos em países com taxas mais baixas.