Auxiliares do governo afirmam que a possível volta do horário de verão será decidida nesta semana pelo presidente Lula. O presidente vai receber da Aneel e do ONS um estudo sobre os impactos e benefícios da medida, levada para o centro da discussão no governo devido à seca histórica e às queimadas.
Vigente desde 1931 no Brasil, o horário de verão foi criado para economizar energia ao estender o período de acesso ao sol durante o dia.
Durante os meses do verão, em que há acesso à luz natural por mais tempo, o relógio é adiantado em uma hora. Dessa forma, ainda há luz natural quando as pessoas chegam em casa após o trabalho, o que reduz a necessidade de ligar lâmpadas elétricas e, consequentemente, reduz um pouco a demanda de energia.
Em 2019, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, revogou a medida, justificando que o consumo de energia dos brasileiros havia mudado e, por isso, o horário de verão não teria grande influencia na economia de energia.
Além da janela maior de acesso à luz natural, o horário de verão pode ajudar em certas atividades econômicas - uma vez que, como ainda estará de dia, as pessoas ainda poderão ir a parques, bares e restaurantes.
Há também pessoas que argumentam que a iluminação natural na volta para casa dá maior sensação de segurança.
Especialistas já alertam que, devido à mudança nos hábitos de consumo e comportamento dos habitantes nos últimos anos, o horário de verão economiza, ao longo do período, pouca energia elétrica.
Além disso, o horário de verão altera o ciclo biológico dos habitantes, uma vez que a mudança no relógio faz com que os dias sejam mais longos. Essa alteração traz impactos para o sono, a alimentação e, consequentemente, para o comportamento de certos indivíduos.