O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad
EVARISTO SA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (3) que o governo irá revisar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, após o resultado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de crescimento de 1,4% no indicador no segundo trimestre do ano , surpreendendo a expectativa dos economistas. 

O ministro da Fazenda afirmou que a equipe econômica espera, agora, que o PIB cresça 2,8% este ano. 

"A nossa, a projeção da S.P.E. que estava para ser atualizada, estava em 1,35, então veio 1,4, muito em linha com as projeções da S.P.E. Agora nós vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, deve superar em 2,7, 2,8 e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3", disse a jornalistas no Ministério da Fazenda.

PIB

No segundo trimestre de 2024, o PIB do país cresceu 1,4% em comparação com o trimestre anterior, ajustado sazonalmente. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento de 1,0% nos Serviços e 1,8% na Indústria, apesar de uma queda de 2,3% na Agropecuária. O PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre. Os componentes da demanda também mostraram alta, com o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo crescendo 1,3% cada e a Formação Bruta de Capital Fixo subindo 2,1%.

Comparado ao mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%. A Indústria e os Serviços apresentaram altas de 3,9% e 3,5%, respectivamente, enquanto a Agropecuária recuou 2,9%. Dentro dos Serviços, setores como Informação e Comunicação e Atividades Financeiras tiveram crescimento significativo. A Indústria foi impulsionada pelo aumento de 8,5% nas atividades de Eletricidade e gás, água e esgoto.

Condições climáticas adversas afetaram a produção de soja e milho, apesar do bom desempenho da pecuária e outras culturas como café e algodão. Isso resultou em uma variação nula (0,0%) na Agropecuária nos últimos 12 meses. Rebeca Palis do IBGE destacou que, com a Agropecuária em baixa, a Indústria se destacou, especialmente nas áreas de Eletricidade, gás e Construção.

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