Os funcionários públicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), representados pelo SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo), iniciaram nesta quarta-feira (10) uma greve nacional. A paralisação ocorre devido à falta de acordo com o governo federal sobre o reajuste salarial, afetando tanto os trabalhadores presenciais nas agências quanto aqueles em home office.
A greve pode impactar a análise da concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o atendimento presencial, exceto perícia médica e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias. Apesar de várias rodadas de negociação com o governo, não houve consenso quanto ao reajuste salarial da categoria.
De acordo com o SINSSP, foi aprovada a instalação do comando de greve, com a primeira reunião marcada para o dia 12 de julho para definir os rumos do movimento.
Impacto da paralisação
O INSS conta com 19 mil funcionários públicos ativos, sendo 15 mil técnicos responsáveis pela maioria dos serviços da instituição e 4 mil analistas. Aproximadamente 50% dos trabalhadores ainda estão em trabalho remoto.
Em nota, o INSS informou que estudará medidas de contingenciamento para minimizar os impactos na população. Segundo o órgão, o balanço inicial da paralisação, iniciada na quarta-feira, indica que "não houve impacto no sistema e no atendimento do INSS".
O instituto destacou que mais de 100 serviços podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, disponível em versão para celular (app) e desktop, além da Central de Atendimento 135. Cidadãos necessitando de serviços como requerimento, cumprimento de exigências ou solicitação de auxílio-doença podem utilizar esses meios.
Nova convocação
Os funcionários do INSS decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (16). O movimento, convocado pela Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), enviou ofício à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, comunicando a paralisação nacional da categoria.
No documento, a entidade declara que, "após análise das propostas apresentadas pelo governo", houve "poucos avanços" na negociação.