Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, discursando em evento em Brasília
Reprodução/Twitter - 28/03/2023
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, discursando em evento em Brasília

O ministro Carlos Lupi , da Previdência , anunciou nesta sexta-feira (5) um "pente-fino" em cerca de 800 mil benefícios temporários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) . Em conversa com a imprensa, em Brasília, o chefe da pasta disse que a medida será adotada a partir de agosto e visa checar a validade dos benefícios que estão vigentes há mais tempo.

"Todo mundo que tem mais dois anos de benefício, que não é o permanente, é o temporário, ele tem necessidade de fazer um novo exame para saber se ele continua tendo aquele direito. Então isso já está começando a ser organizado. Isso vai dar em torno de 800 mil pessoas, um pouquinho mais, um pouquinho menos, que poderão ter que fazer essa nova perícia para confirmar o nosso benefício", disse o ministro.

Lupi, porém, afirmou que nem todos os beneficiários serão chamados, já que alguns casos são verificados através de cruzamento de dados. Além disso, o ministro afirmou que as chamadas serão gradativas, com a intenção de evitar filas.

"Estamos começando um sistema de triagem, de apuração, de possíveis irregularidades para corrigir rumos. De dois em dois anos, se pode fazer isso. [Vai ser] principalmente nos benefícios temporários, alguns erros que se pode cometer, terem sido cometidos e, principalmente, coibindo sempre ações inescrupulosas de intermediários", acrescentou o ministro.


Contas públicas

A medida do governo federal tem como objetivo enxugar os gastos no orçamento para cumprir o Marco Fiscal , a nova regra de controle dos gastos públicos, no próximo ano.

Após reunião com o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana, inclusive, o ministro da Fazenda,  Fernando Haddad (PT), anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em gastos. 

Apesar disso, Lupi reforçou que o governo não vai retirar benefícios de quem tem direito. "Ninguém aqui não é tribunal de inquisição, não, não estamos aqui para tirar direito de ninguém. Direito é para quem tem direito", frisou o ministro.

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