A União Europeia estuda a ideia de adotar impostos para importações de baixo custo vinda de fora do bloco econômico. Aqui no Brasil, temos algo similar: a “taxa das blusinhas”, pensada como forma de fortalecer o comércio local.
Hoje, a UE tem 27 países europeus e trabalha com um limite de importação isento de € 150. Isso dá cerca de US$ 161 (cerca de R$ 895,10) — mais que o triplo do permitido no Brasil, US$ 50 (R$ 277,98).
Taxação e “blusinhas” são um problema?
A grande questão da importação sem taxas extras é o acesso a produtos baratos que não precisam pagar impostos nacionais, como acontece com lojas físicas do Brasil.
Assim, marcas internacionais como Shein e Temu acabam com uma vantagem: podem repassar o produto para o consumidor em valor mais baixo. As lojas de cada país ainda precisam pagar a mais para poder vender, o que causa uma concorrência acirrada.
Assim como no Brasil, as encomendas internacionais cresceram na UE, e houve desvalorização do comércio local.
Ainda não há informações de quantos países aderiram à ideia da taxa ou participarão da tomada de decisões.
Taxação eletrônica
Aqui no Brasil, a “taxa das blusinhas” ganhou esse nome pela grande importação de mercadoria de vestuário.
Na UE, o cenário é um pouco diferente, e a maior importação é de produtos eletrônicos. Por isso, o país busca taxar principalmente este.
Em julho de 2024, entra em vigor na União Europeia a taxação de até 38% em veículos elétricos importados da China.
E a taxa da blusinha no Brasil?
Hoje, oficialmente, o brasileiro paga taxas em compras no exterior no valor acima de US$ 50. A taxa é 60% sobre o preço total paga — uma das mais altas do mundo.
A taxa da blusinha quer derrubar isso e fazer valer impostos para encomendas internacionais de quaisquer valores. O imposto será de 20% no valor total, além do ICMS.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp