Eduardo Paes é o prefeito do Rio de Janeiro
Reprodução: Flipar
Eduardo Paes é o prefeito do Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro , Eduardo Paes (PSD), e o CEO do Americas Trading Group (ATG) , Claudio Pracownik, anunciaram nesta quarta-feira (3), que a capital fluminense voltará a ter Bolsa de Valores após 20 anos.

Em cerimônia realizada na sede da Associação Comercial da cidade, o prefeito sancionou a lei municipal que incentiva a instalação da instituição. A previsão é que a bolsa compita com a B3 . Veja mais detalhes abaixo.

Conheça a Bolsa de Valores do RJ

A nova bolsa, atualmente, está em fase final de obtenção das autorizações regulatórias junto ao Banco Central (BC) e à  Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Assim, há a expectativa que as operações se iniciem no segundo semestre de 2025, oferecendo aos investidores a possibilidade de negociar ações, derivativos, câmbio e commodities.

Para ser viabilizada, a Bolsa de Valores contou com o Projeto de Lei 3276/2024, de iniciativa da prefeitura municipal e aprovado pela Câmara de Vereadores no dia 25 de junho.

Com a nova regra, cai para 2% o Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS) que incide sobre as atividades a serem desempenhadas por uma Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, bem como sobre as atividades exercidas por sociedades que atuam na negociação, liquidação e custódia de ativos financeiros.

A ideia de competir com a B3, sediada em São Paulo, saiu da boca do próprio Eduardo Paes. A ideia é baratear o mercado de capitais. 

"A volta da Bolsa de Valores é a ponta do iceberg. É o esforço do governador, prefeito, atores políticos. O setor privado percebeu que tem uma concorrência a ser feita com São Paulo. Começamos a criar um ambiente econômico, um conjunto de atrativos e de novos mercados que surgirão", declarou. 

Já de acordo com Cláudio Pracownik,  a ideia é quebrar o monopólio da B3 no país. "Há mais de dez anos esse grupo tenta quebrar o monopólio da bolsa. Concorrência traz eficiência, que traz investimentos. Quando conversamos lá fora, existe uma sensação de risco sistêmico sobre o Brasil", disse.

"Trazer uma nova bolsa alivia os riscos e sobretudo reduz os preços. O custo de capital do país é altíssimo e isso vem muito do monopólio e do nosso ambiente macroeconômico. O que falta aqui no Brasil é investir em empresas ao invés de investir em juros. Essa bolsa que é para o Brasil será no Rio de Janeiro", acrescentou.

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