Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia.
Marcello Casal JrAgência Brasil
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia.

O Banco Central anunciou que está trabalhando para desenvolver o chamado "Pix Garantido", que vai  permitir que o usuário parcele compras no futuro usando o meio de pagamentos.

O BC ainda não forneceu mais detalhes ou informou se haverá cobrança de juros para fazer esse parcelamento. A modalidade vai surgir como uma alternativa às parcelas do cartão de crédito, que é muito utilizado pelos brasileiros em compras de maior valor, mas com algumas diferenças. Confira abaixo.

"O PIX Garantido (parcelado) é um produto na agenda evolutiva do PIX, porém ainda não foi lançado pelo Banco Central e não há previsão de lançamento. Nada impede que os bancos, desde já, ofertem crédito e a possibilidade de pagamento em parcelas com o PIX aos seus clientes. É um produto de cada banco", afirmou o Banco Central.

Como disse o BC,  alguns bancos se anteciparam e já oferecem a modalidade, na maioria das vezes como uma operação de crédito.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix Garantido, porém, vai funcionar um pouco diferente do cartão de crédito. Nessa nova modalidade, os clientes vão precisar ter dinheiro na conta-corrente para poder fazer o pagamento das parcelas nas datas de vencimento estipuladas.

"Diferentemente do cartão de crédito, é necessário ter o dinheiro disponível em conta para usar o PIX Garantido. A expectativa é que o PIX complemente as atuais formas de pagamento, com maior comodidade ao usuário", informou.

Entenda como vai funcionar:

O cliente que não tiver dinheiro para pagar as parcelas no vencimento vai entrar em cheque especial (caso haja). Dessa forma, a transação vai acabar sendo transformada em uma operação de crédito, com cobrança de juros. Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
O cliente que não tiver dinheiro para pagar as parcelas no vencimento vai entrar em cheque especial (caso haja). Dessa forma, a transação vai acabar sendo transformada em uma operação de crédito, com cobrança de juros. Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
Como a modalidade ainda está em desenvolvimento, ainda não foi definido o que vai acontecer se o cliente não tiver saldo na conta ou limite no cheque especial. Marcello Casal JrAgência Brasil
Como a modalidade ainda está em desenvolvimento, ainda não foi definido o que vai acontecer se o cliente não tiver saldo na conta ou limite no cheque especial. Marcello Casal JrAgência Brasil
No caso do cartão de crédito, o total da compra pago aos lojistas é feito pela instituição financeira no mês em que o produto foi adquirido, ou de forma parcelada, caso a compra tenha sido feita dessa forma. rupixen / Unsplash
No caso do cartão de crédito, o total da compra pago aos lojistas é feito pela instituição financeira no mês em que o produto foi adquirido, ou de forma parcelada, caso a compra tenha sido feita dessa forma. rupixen / Unsplash
O crédito rotativo do cartão é cobrado apenas quando o valor total da fatura não é pago na data do vencimento — que é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O crédito rotativo do cartão é cobrado apenas quando o valor total da fatura não é pago na data do vencimento — que é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Alternativa de parcelamento

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, havia afirmado desde agosto do ano passado que o Pix Garantido vai se mostrar como uma alternativa de parcelamento aos clientes, fazendo com que existam mais opções no mercado.

"É super importante, a gente está fazendo várias políticas com o PIX crédito, que vão desafogar e dar alternativas. Mas a nossa ideia era dar uma opção que passasse por ter um parcelamento, e não ter o [crédito] rotativo [do cartão]. De tal forma que a gente conseguisse equilibrar os números por produto", disse ele.

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