Lula e Alckmin desfilam em evento na sede da Volkswagen
Ricardo Stuckert/Presidência da República
Lula e Alckmin desfilam em evento na sede da Volkswagen

Prestes a ser aprovado pela  Câmara dos Deputados e enviado à sanção do presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o projeto Mover foi ofuscado pela "Taxa das Blusinhas" . Apesar disso, o programa prevê um investimento bilionário e tem, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) , potencial para "destravar o país". 

Mover

O Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação) visa "apoiar a descarbonização dos veículos brasileiros, o desenvolvimento tecnológico e a competitividade global", segundo o governo federal. Ao todo, o projeto prevê que R$ 19,3 bilhões sejam disponibilizados em incentivos para montadoras.

O incentivo será de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros.

O projeto, inclusive, nasce de uma parceria entre o governo federal e as montadoras. Isto porque o presidente Lula pretende retomar a industrialização do país, enquanto as empresas automobilísticas veem com urgência a substituição motores a combustão por 100% elétricos e híbridos. 

Desta forma, os recursos do Mover serão usados para transformar os veículos em híbridos, bem como investir na pesquisa de novas tecnologias. Segundo as diretrizes do programa, as montadoras devem investir até R$ 130 bilhões no Brasil até 2030. 

Fiesp aprova

Em meio ao debate sobre o programa na Câmara dos Deputados, a Fiesp decidiu emitir uma nota favorável ao programa. Segundo a Federação, o Mover tem capacidade para "destravar o país".

“A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reconhece a relevância da aprovação pela Câmara do programa Mover, que tem potencial para destravar investimentos e explorar novas rotas tecnológicas para descarbonização no setor automotivo, em linha com as iniciativas necessárias para a neoindustrialização", diz o comunicado. 

"Em sinergia com outras iniciativas prioritárias, a proposta atua no sentido de fortalecer a produtividade, o crescimento econômico e a geração de empregos”, continuou a entidade no comunicado. 

Votação

A tramitação do programa foi travada por causa de um "jabuti" no projeto de lei. A "Taxa das Blusinhas", item que prevê 20% de Imposto de Importação para compras internacionais de até US$ 50, atrasou a votação. 

Em meio às discussões no Senado, o presidente Arthur Lira (PP-AL) chegou até a não votar o Mover . Apesar disso, a Câmara dos Deputados deve aprovar o texto na semana que vem e encaminhá-lo para sanção presidencial. 

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