Cinco indivíduos foram detidos nos Estados Unidos sob acusação de um esquema fraudulento que lesou em aproximadamente R$ 65 milhões a Apple. O golpe visava uma variedade de produtos da empresa, incluindo iPhones, iPads e computadores, com milhares de itens falsificados circulando no mercado após serem devolvidos à empresa sob alegação de defeito.
Os réus, com idades entre 26 e 40 anos e de origem chinesa, são acusados de liderar uma rede sofisticada que facilitava a fabricação e distribuição desses dispositivos falsificados, bem como a operacionalização de devoluções fraudulentas.
As réplicas, extremamente semelhantes aos dispositivos originais, eram trocadas por aparelhos legítimos. No entanto, apesar da semelhança, as unidades falsificadas eram essencialmente inúteis, incapazes de ligar ou funcionar.
O Procurador dos Estados Unidos, Martin Estrada, afirmou que os réus são acusados de se aproveitar das políticas de atendimento ao cliente da Apple para roubar mais de US$ 12 milhões em mercadorias. A investigação sugere que o esquema envolveu mais de 16 mil dispositivos fraudulentos da Apple, cujo objetivo era trocá-los por dispositivos genuínos, posteriormente vendidos com lucro.
O golpe teria começado em dezembro de 2015, quando dois cidadãos chineses coordenaram com outros criminosos na China para enviar produtos falsificados da Apple para os EUA.
Os dispositivos falsificados foram projetados para se assemelhar aos produtos genuínos da Apple, incluindo números de identificação correspondentes, e estavam dentro da garantia do fabricante e do programa de garantia estendida da empresa, o AppleCare+.
Na execução do golpe, os criminosos alegavam aos funcionários das lojas da Apple que os aparelhos falsificados eram genuínos, mas estavam danificados ou não funcionavam, aproveitando-se dos programas de garantia da empresa. As fraudes foram perpetradas em várias lojas na Califórnia, onde os criminosos chegavam a visitar até dez lojas diferentes da Apple em um único dia.
Após a troca bem-sucedida dos dispositivos falsificados por dispositivos genuínos, os réus os enviavam a cúmplices nos Estados Unidos e no exterior, principalmente na China, onde eram revendidos com lucro.
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