Na sexta-feira (31), a Ticketmaster confirmou a abertura de uma investigação sobre um vazamento de dados que afetou consumidores no Brasil. Em resposta, o Procon de São Paulo notificou a companhia para fornecer detalhes sobre a violação de informações pessoais.
A empresa, subsidiária da Live Nation Entertainment, foi solicitada a explicar como as informações dos consumidores são armazenadas e quais medidas foram adotadas em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados.
A ação do Procon-SP seguiu a confirmação da empresa para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos de que foi iniciada uma investigação interna sobre a violação de dados.
Hackers reivindicaram a responsabilidade pelo roubo de informações de 560 milhões de clientes da plataforma em 2020, com a intenção de vender os registros.
A Ticketmaster é conhecida por atuar na venda de ingressos para eventos como shows de Bruno Mars e o Rock In Rio.
A partir de segunda-feira (3), a empresa tem 48 horas para responder às questões levantadas pelo Procon de São Paulo sobre o vazamento e as medidas de proteção de dados adotadas.
O caso
O grupo de hackers ShinyHunters é acusado de estar por trás da violação. Brett Callow, analista de ameaças da empresa de cibersegurança Emsisoft, afirmou que é um "ator de ameaça credível", embora pouco seja conhecido sobre o grupo.
O principal objetivo do grupo parece ser obter registros pessoais para venda. Vítimas anteriores incluíram a Microsoft e a AT&T, entre outras empresas.
A violação foi revelada inicialmente em uma postagem em 28 de maio em um fórum chamado BreachForums.
Embora não tenha ficado claro quando a violação ocorreu, a Ticketmaster identificou pela primeira vez "atividade não autorizada" em 20 de maio.
Por enquanto, não parece que as senhas dos clientes tenham sido comprometidas, mas é recomendado que os clientes alterem suas senhas como precaução.
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