Vistoria Ibama em loja da Cobasi em Porto Alegre
Reprodução/Ibama
Vistoria Ibama em loja da Cobasi em Porto Alegre

A Polícia Civil realizou, nesta quinta-feira (23), mais uma vistoria na loja da Cobasi afetada pelas enchentes em Porto Alegre . No local, de acordo com a delegada  Samieh Saleh , os policiais notaram que os funcionários da empresa salvaram os computadores e outros equipamentos tecnológicos das chuvas que afetaram a capital do Rio Grande do Sul. Os animais, entretanto, foram esquecidos e morreram. 

A delegada contou que os aparelhos foram deixados em um mezanino, que não foi afetado pela enchente. Já os animais continuaram no subsolo da Cobasi. "Identificamos que os computadores, CPUs que estavam nos caixas no subsolo foram retirados e colocados no mezanino. Eles tiveram esse cuidado em retirar os eletrônicos, mas os animais ficaram embaixo", disse Samieh, em entrevista ao UOL. 

A reportagem do iG entrou em contato com a assessoria de imprensa da Cobasi, que afirmou que "os colaboradores da loja tomaram todas as providências para garantir que as aves, pequenos roedores e peixes estivessem em altura segura". Leia a nota completa no final da matéria.

Animais mortos

A vistoria contou com apoio do Ibama, do Comando Ambiental da Brigada Militar e do IGP (Instituto Geral de Perícias). Ao menos 38 animais foram encontrados sem vida, segundo a delegada. O número de bichos mortos, como aves, roedores e peixes, entretanto, pode ser muito maior. 

Os agentes conseguiram retirar da loja 38 corpos, entre peixes, aves e roedores, mas o número pode ser maior. "Estava uma escuridão, fizemos uma busca em uma loja inteira com ajuda de lanternas, cheio de objetos no chão. Bem possivelmente que tenha bem mais", afirmou a delegada.

Especialistas ressaltam a importância de medidas preventivas e de contingência para lidar com situações climáticas extremas, visando sempre a proteção e o bem-estar dos animais sob os cuidados da empresa.

O que diz a Cobasi?

"A Cobasi esclarece que sua loja no shopping Praia de Belas precisou ser evacuada de forma emergencial na sexta-feira, dia 3 de maio, seguindo as orientações das autoridades. Como não havia qualquer indicação da magnitude do desastre que acometeu o estado do Rio Grande do Sul, os colaboradores da loja tomaram todas as providências para garantir que as aves, pequenos roedores e peixes estivessem em altura segura e alimentados para sua sobrevivência até o retorno dos colaboradores que, com base nas informações oficiais disponíveis naquele momento, deveria ocorrer num espaço breve de tempo.

Tudo foi colocado acima de um metro de altura no mesmo salão. Infelizmente a entrada de água na noite do sábado (04 de maio) e na madrugada do domingo (05 de maio), chegou aos 3,5 metros de altura, atingindo o teto da loja, ultrapassando em muito a barreira de sacos de areia colocada na porta da loja, pelos colaboradores do shopping. Cabe destacar que apenas as 4 CPUs dos checkouts da loja foram levadas ao andar superior, por se encontrarem a 20 centímetros do chão, local que ficava junto aos pés das operadoras de caixa, porém todos os outros equipamentos relacionados aos checkouts permaneceram em suas posições originais (acima de 1 metro de altura) tais como: monitores, teclados, impressoras de cupom fiscal, teclados pin pad (para cartões de crédito/débito) e leitores de código de barras dos produtos. Outros tantos computadores e equipamentos também presentes no mesmo salão inundado, não foram removidos de suas posições originais, e foram danificados com a água e lama que invadiu a loja. Assim entendeu a gerência da loja que não correria o risco de inundação pois a mesma se encontrava estabilizada até às 18:30h do sábado dia 4 de maio, pelo relato de funcionário do shopping. Todo este relato acima será confirmado e provado nos autos.

Infelizmente, a proporção do evento climático na região foi tão devastadora que provocou uma inundação sem precedentes no shopping e levou à perda de vida de pequenos roedores, aves e peixes que estavam na loja. Importante ressaltar que não havia cães ou gatos no estabelecimento. A inundação levou também à destruição de quase a totalidade dos principais equipamentos e do estoque de produtos da loja.

A Cobasi lamenta profundamente o ocorrido. A empresa ressalta ainda que está colaborando com as investigações realizadas pelas autoridades e que irá comprovar todas as informações relatadas acima nos autos. Há mais de 25 anos, a Cobasi atua em parceria com ONGs de proteção animal, tendo sido pioneira no setor em estabelecer esses vínculos, e luta pela garantia de qualidade de vida de todos os pets, independentemente das espécies. Desde o agravamento da situação no Rio Grande do Sul, a Cobasi doou 20 toneladas de ração e 4,8 toneladas de areia higiênica para gatos para ONGs parceiras e grupos de resgate que estão atuando no local. Em colaboração com outras instituições, foram enviadas mais de 500 caminhas, além de caixas e bolsas de transporte, roupas cirúrgicas, petiscos, roupinhas, cobertores, colchonetes, antipulgas e vermífugos, além de 4 carretas contendo água mineral, mais de 400 cestas básicas, colchonete e cobertores. A empresa também contribuiu para a construção de um abrigo emergencial para 200 animais em um shopping local.

Adicionalmente, 14 lojas no Rio Grande do Sul estão recolhendo itens para pets e entregando a ONGs parceiras que atuam na região. Ainda, 24 lojas no estado de São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília estão arrecadando, além de itens para pets, água, produtos de higiene e beleza, roupas íntimas, roupas de camas, colchonetes, fralda e leite em pó para as pessoas afetadas. A Cobasi continuará a contribuir no apoio e assistência a todos no Rio Grande do Sul".

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