Mamão foi o alimento que mais subiu de preço em abril
Foto: Reprodução
Mamão foi o alimento que mais subiu de preço em abril

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (10), revelam um aumento de 0,38% em abril , uma elevação de 0,22 ponto percentual em relação a março (0,16%). Analistas do instituto apontam que fenômenos climáticos, como ondas de calor e chuvas intensas , já estão afetando a produção de alimentos e contribuindo para o aumento dos preços.

"Fenômenos climáticos ocorridos no fim de 2023 e no começo de 2024 afetaram a produção", afirma André Almeida, gerente do IPCA.

No acumulado do ano, a inflação atinge 1,80%, enquanto nos últimos 12 meses, registra-se uma elevação de 3,69%, abaixo dos 3,93% dos 12 meses anteriores. Em abril de 2023, a variação foi de 0,61%.

No grupo Alimentação e Bebidas (0,70%), que havia apresentado a maior variação em março (0,53%) e o maior impacto (0,11 p.p.), a alimentação no domicílio acelerou de 0,59% para 0,81% em abril.

Veja os itens que presentaram as altas mais expressivas, provocadas pela menor oferta:

  • mamão (22,76%);
  • cebola (15,63%);
  • tomate (14,09%) e
  • café moído (3,08%) 

Já a alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação semelhante à de março (0,35%). Apesar da desaceleração do lanche de 0,66% para 0,44%, o subitem refeição (0,34%) apresentou uma variação maior do que a verificada em março (0,09%).

Além dos alimentos, houve também aumento no preço dos remédios. "Saúde e cuidados pessoais foi impactado pela alta de preços dos produtos farmacêuticos (2,84%), em decorrência do reajuste de até 4,5% autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), a partir de 31 de março", explica André.

Outros dados

Após uma variação negativa no mês anterior (-0,33%), o grupo Transportes apresentou um aumento de 0,14% em abril, com subitens que tiveram tanto impacto positivo quanto negativo no índice. A queda nas passagens aéreas (-12,09% e -0,08 p.p.) foi compensada pelo aumento nos preços dos combustíveis (1,74%), com exceção do gás veicular (-0,51%). O destaque foi para o etanol (4,56%), gasolina (1,50%) e óleo diesel (0,32%), sendo a gasolina o subitem com maior impacto positivo no IPCA de abril (0,08 p.p.).

No segmento de Transportes, o metrô (1,72%) teve sua variação influenciada pelo reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro (5,07%), a partir de 12 de abril. Em relação aos ônibus urbanos (0,01%), houve um aumento de 2,15% em Campo Grande (1,06%), a partir de 15 de março. Já o aumento no subitem táxi (0,21%) foi resultado do reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, em Recife (4,84%).

Entre os grupos que apresentaram redução de preços em abril, destaca-se Habitação (-0,01%), impactado pelo aumento na taxa de água e esgoto (0,09%), influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (1,75%). Outro fator foi a queda na energia elétrica residencial (-0,46%), devido a reajustes tarifários em várias cidades. No grupo de Artigos de Residência (-0,26%), houve diminuição nos preços de computadores e televisores.

Regionalmente, apenas Fortaleza (-0,15%) registrou queda de preços em abril, influenciada pela diminuição nos preços da gasolina (-3,97%) e energia elétrica residencial (-3,80%). A maior variação foi em Aracaju (0,78%), principalmente devido às altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,37% em abril, com destaque para a variação dos produtos alimentícios e não alimentícios. Fortaleza (-0,13%) foi a única unidade da federação a registrar queda de preços, enquanto a maior variação foi em Aracaju (0,84%), impulsionada pelas altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique a qui e faça parte do nosso canal no WhatsApp

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!