O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou a morte do ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore nesta quarta-feira (21), aos 84 anos. Ele destacou que Pastore sempre foi um defensor apaixonado de temas relacionados ao Banco Central, como a autonomia da autoridade monetária.
Campos Neto declarou: "Foi uma grande perda", durante uma entrevista concedida a jornalistas durante um evento promovido pela Frente Parlamentar de Economia Verde, em Brasília. O economista liderou a autarquia de setembro de 1983 a março de 1985, durante a gestão de João Figueiredo (1918-1999), o último período da ditadura militar (1964-1985). O velório está agendado para ocorrer no cemitério do Morumbi, na zona sul da capital paulista, das 13h às 17h.
Inflação
Campos Neto afirmou ainda que o Brasil ainda enfrenta uma inflação de serviços ligeiramente acima do ideal, observando que o Banco Central não possui todos os elementos necessários para prever com precisão como será o comportamento dessa variável na fase final de convergência.
Durante seu discurso para a Frente da Economia Verde, em Brasília, Campos Neto também ressaltou que a inflação de serviços permanece elevada globalmente, apontando o mercado de trabalho apertado como um fator significativo para esse cenário.
Além disso, ele enfatizou a importância de uma redução nas expectativas de inflação para que o Banco Central possa ajustar a taxa de juros de maneira confiável.
Campos Neto também refutou a noção de que os juros reais estão aumentando no Brasil, afirmando que tanto os juros reais quanto os nominais estão em declínio.