O comércio varejista brasileiro apresentou um crescimento de 1,7% em suas vendas ao longo de 2023 em comparação com o ano anterior, resultando no melhor desempenho anual desde 2019, quando registrou uma alta de 1,8%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o estudo, das oito categorias analisadas, cinco apresentaram aumento nas vendas durante a transição de 2022 para 2023, com destaques para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (3,9%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas (com uma alta de 3,7%).
No entanto, em dezembro, houve uma queda de 1,3% nas vendas em relação a novembro. Esse declínio mensal foi influenciado principalmente pelos segmentos de equipamentos para escritório, informática e comunicação (com uma queda de 13,1%) e móveis e eletrodomésticos (7%).
Na comparação entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, as vendas do varejo registraram um aumento de 1,3%. Quatro atividades do varejo apresentaram crescimento neste período: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,8%); tecidos, vestuário e calçados (0,4%); e combustíveis e lubrificantes (0,2%).
Por outro lado, alguns setores encerraram o ano com resultados negativos, como equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%); móveis e eletrodomésticos (-3,3%); livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,4%).
O segmento de "Livros, jornais, revistas e papelaria" registrou uma queda de 7,6% em volume nas vendas em dezembro de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando 11 meses consecutivos de resultados negativos.
Analisando o desempenho do comércio varejista por estados, 18 das 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos em dezembro de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022, com destaque para Maranhão (9,7%), Amapá (7,6%) e Tocantins (7,3%). Por outro lado, nove unidades federativas registraram resultados negativos, com maior destaque para Paraíba (-13,6%), Espírito Santo (-4,8%) e Pernambuco (-1,1%).