Vendas, serviços gerais e saúde são alguns dos setores que devem estar em alta quando o assunto é oportunidade de emprego em 2024. Uma pesquisa conduzida pela Vagas, empresa de tecnologia para Recrutamento e Seleção, revelou que, em 2023, essas foram as áreas de cargos mais procurados na plataforma, representando conjuntamente 28,5% das oportunidades publicadas no portal. No período analisado, foram examinados 103.658 anúncios de oportunidades de trabalho entre os dias 01/01 a 17/12 de 2023.
As dez áreas com mais oportunidades representaram 62% das ofertas anunciadas, incluindo atendimento, administrativo, tecnologia e logística supply chain. Esse cenário evidencia uma ampla variedade de profissões em alta, mesmo em meio a um ano desafiador para diversos setores do mercado brasileiro.
"Apesar dos desafios enfrentados no decorrer do ano, o setor de serviços registrou um forte crescimento ao longo dos últimos meses, o que impactou positivamente essas áreas", afirma Luciana Calegari, Especialista em R&S da Vagas. "Com o mercado aquecido, áreas como Saúde e vendas tendem a aumentar fortemente, refletindo uma busca maior das empresas por esses talentos", defende.
Para a especialista, outro destaque é o setor de tecnologia, que enfrentou alguns desafios ao longo de 2023, com várias companhias realizando reestruturações. "Inegavelmente, foi um ano de grandes mudanças para o setor. Apesar disso, a área ainda conseguiu se manter entre as principais que mais registraram demanda, o que mostra a força deste mercado, mesmo em situações de maior instabilidades", afirma.
Tecnologia seguirá em destaque em 2024
Se 2023 representou um desafio para o setor de tecnologia, com uma captação de investimentos abaixo do esperado, há uma expectativa favorável para 2024. Neste ano, espera-se que tecnologias como a Inteligência Artificial
(IA) ganhem ainda mais destaque. Diante desse cenário, é previsto que a área de tecnologia continue a manter algumas das profissões mais procuradas no mercado.
"A IA está impactando fortemente o universo das profissões, com algumas delas ligadas exclusivamente a essa nova tendência, como o engenheiro de prompt, cujas atribuições envolvem, sobretudo, a execução de processos e soluções de inteligência artificial generativa", afirma a executiva.
Profissões que mais devem estar em alta em 2024:
1. Área de Vendas
- Vendedor
- Consultor Comercial
- Gerente de Loja
2. Área de serviços gerais
- Operador
- Eletricista
- Almoxarife
3. Área de saúde
- Enfermeira
- Técnico de Enfermagem
- Médico
4. Área de atendimento
- Atendente
- Recepcionista
- Relacionamento com o Cliente
5. Área administrativa
- Assistente Administrativo
- Auxiliar Administrativo
- Analista Administrativo
6. Área de tecnologia
- Desenvolvedor/Programador
- Suporte de TI
- Analista de dados
7. Área de logística e supply chain
- Auxiliar de Logística
- Analista de Logística
- Assistente de Logística
8. Área de manutenção
- Mecânico
- Técnico em Manutenção
- Auxiliar de Manutenção
9. Marketing, comunicação e eventos
- Promotor
- Analista de Marketing
- Analista de Comunicação
10. Recursos humanos
- Analista de Recursos Humanos
- Assistente de Recursos Humanos
- Analista de Recrutamento e Seleção
Desemprego
A taxa de desocupação no Brasil
no último trimestre de 2023 foi de 7,5%. É o menor índice desde fevereiro de 2015. Especificamente para trimestres terminados em novembro, o índice é o menor desde 2014, quando alcançou 6,6%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada no final de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre encerrado em agosto, a taxa estava em 7,8%. Já o indicador do trimestre encerrado em agosto de 2022 era de 8,1%. O resultado foi influenciado pelo número de pessoas ocupadas, estimado em 100,5 milhões, o maior desde que a série histórica foi iniciada, em 2012. O número representa crescimento de 0,9% em 3 meses.
O número de desempregados ficou estável, 8,2 milhões de pessoas. É o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões de brasileiros procurando trabalho.