Investimentos diretos somam US$ 7,8 bi em novembro, diz Banco Central

Desempenho representa o melhor resultado para o mês desde 2020

Foto: Agência Brasil
Investimentos diretos somam US$ 7,8 bi em novembro, diz Banco Central

Os Investimentos Diretos no País (IDP) alcançaram ingressos líquidos de US$ 7,8 bilhões em novembro do ano passado, superando os US$ 7,6 bilhões registrados no mesmo período de 2022. Esses dados são destacados no relatório "Estatísticas do Setor Externo", divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira, (3).

Os valores ultrapassam mais que o dobro do registrado em outubro. Naquele momento, o BC reportou um ingresso líquido de US$ 3,3 bilhões em investimentos provenientes do exterior.

O desempenho representa o melhor resultado para o mês desde 2020, quando o valor registrado foi de US$ 5 bilhões, segundo a série histórica.

Segundo o Banco Central, foram registrados ingressos líquidos de US$ 6,3 bilhões em participação no capital e de US$ 1,5 bilhão em operações intercompanhia.

No acumulado de 12 meses, o IDP atingiu a cifra de US$ 57,7 bilhões (correspondendo a 2,68% do PIB) em novembro de 2023, em comparação com os US$ 57,5 bilhões (equivalentes a 2,71% do PIB) no mês anterior, e os US$ 77,1 bilhões (representando 4,01% do PIB) registrados em novembro de 2022.

Os ativos que apresentaram maior volume de ingressos foram as ações e fundos de investimento, registrando um ingresso líquido de US$ 1,6 bilhão, enquanto os títulos de dívida totalizaram um ingresso de US$ 833 milhões. Ao longo dos doze meses encerrados em novembro de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico alcançaram ingressos líquidos de US$ 13,6 bilhões.

Projeções para o PIB

No último  Boletim Focus, o BC não alterou a projeção para o PIB de 2023. A mediana para o crescimento da atividade permaneceu em 2,92%, em comparação com os 2,84% registrados há um mês. A pesquisa considerou apenas as 65 respostas obtidas nos últimos cinco dias úteis.

No cenário projetado para 2024, o relatório apresentou uma estabilidade nas projeções em relação à semana anterior para o PIB, mantendo-se em 1,52%, em comparação com os 1,50% registrados um mês atrás.

Em novembro, o Ministério da Fazenda ajustou para baixo sua previsão de crescimento do PIB de 2023, reduzindo-a de 3,2% para 3,0%. Para 2024, a equipe econômica estima um crescimento de 2,2%.