Carlos Lupi, ministro da Previdência Social
José Cruz/Agência Brasil - 30/12/2022
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) "nunca vai acabar". A afirmação foi feita pelo chefe da pasta durante a cerimônia de abertura do curso de formação dos aprovados no último concurso do INSS, que aconteceu em Brasília nesta terça-feira (3). 

Segundo Lupi, atualmente a fila de espera pela análise de pedido de benefício assistencial ou previdenciário é de 49 dias. A meta traçada pelo ministro para 2024 é de que o tempo de espera seja reduzido para 30 dias.

"Eu quero, nesse ano de 2024, chegar à data de 30 dias de espera para conclusão do benefício. O que quer dizer? Que no próprio mês que a pessoa dê entrada, conclua o processo", disse o minstro.

Promessa de zerar fila em 2023

Quando assumiu o Ministério da Previdência Social, no começo de 2023, Lupi havia prometido zerar a fila até o final de 2023, o que não ocorreu.

"Com automação e com esse mutirão, eu pretendo rapidamente ainda esse ano acabar com a fila", afirmou o ministro na ocasião.

A jornalistas, nesta quarta-feira (3), o ministro afirmou que nunca falou, literalmente, em zerar a fila, mas reduzir o tempo de espera para os 45 dias definidos em lei.

"Nunca falei em zerar, sempre falei em colocar o prazo de 45 dias. Por que digo que nunca vai zerar? Porque todo mês entram 900 mil, 1 milhão de pedidos inicias, então a cada mês você vai rodando, entra mais 900 mil, 1 milhão de pedidos", declarou.

De acordo com o ministro, o tempo de espera médio estava em torno de 80 a 100 dias no início do ano. Ao final de 2023, caiu para 49 dias, afirma. "A fila também caiu, vamos ter os dados finais de dezembro, e caiu bem."

Nesta quarta-feira, o ministro disse que, depois de reduzir o tempo de espera na fila, o desafio será "humanizar" o atendimento do INSS.

Em abril de 2023, Lupi afirmou que não havia recursos suficientes para zerar a fila. O governo então editou uma medida provisória criando o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS). A MP virou lei em novembro, depois de aprovação pelo Congresso.

Em setembro de 2023, segundo dados do INSS, 1,5 milhão de pessoas aguardavam atendimento para concessão de benefícios.

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